Este órgão da ONU aprovou uma resolução apresentada pela União Europeia (UE), celebrando o cessar-fogo decretado no final de junho por parte do governo federal. Ao mesmo tempo, o texto mostra sua preocupação com os graves abusos cometidos na região, em meio a massacres de civis e violência sexual.
A resolução manifesta sua preocupação, sobretudo, com a participação nestes abusos das tropas da Eritreia, que intervieram no Tigré para apoiar o Exército federal da Etiópia em sua luta contra as antigas autoridades regionais.
Com 20 votos a favor, 14 contra e 13 abstenções no conselho, a resolução aprovada pede que "se detenham imediatamente todas as violações dos direitos humanos, os abusos e as violações do direito internacional humanitário".
O texto solicita ainda a "retirada rápida e verificável das tropas eritreias da região de Tigré".
O Exército da Eritreia é acusado de cometer atrocidades contra a população civil, incluindo execuções sumárias e estupros.
Antes da votação, o representante da Eritreia rejeitou a resolução e afirmou que suas tropas já haviam deixado a região. A Etiópia também criticou o texto, considerando-o como uma interferência na investigação que está sendo realizada por este órgão da ONU sobre a situação em Tigré.
GENEBRA