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Estado de Minas CIDADE DA GUATEMALA

Ativista crítico do presidente é assassinado na Guatemala


10/07/2021 20:59

O ativista guatemalteco Frank Stalyn Ramazzini, crítico do governo do presidente Alejandro Giammattei, foi morto a tiros em um ataque armado no qual três outras pessoas morreram e duas ficaram feridas em uma boate da capital, denunciou o ombusdman Jordán Rodas neste sábado (10).

"Condeno o assassinato de Frank Stalyn Ramazzini, ativista, crítico do governo da Guatemala e defensor de direitos", escreveu Rodas no Twitter.

Ramazzini, de 31 anos, lutava pelos direitos trabalhistas de policiais e agentes penitenciários do país, disse Rodas. De acordo com a imprensa local, ele também denunciava a corrupção no governo, especialmente no Ministério do Interior.

"Recomendo que o Ministério do Interior e o Ministério Público investiguem os fatos e deduzam as responsabilidades", acrescentou Rodas.

A Procuradoria afirmou que "trabalha duro" na investigação, e em uma denúncia inicial indicou que em uma área próxima ao crime encontrou um carro abandonado "possivelmente usado" no ataque, com três pistolas, dois fuzis, uma submetralhadora, munições e quatro coletes à prova de balas.

Ramazzini havia sobrevivido a um atentado em julho de 2018, ocorrido após participar de uma passeata para exigir melhores condições para policiais.

Dezenas de guatemaltecos que costumam protestar aos sábados no centro da capital para exigir a renúncia de Giammattei, a quem acusam de ser "corrupto", exigiram justiça pelo assassinato de Ramazzini e culparam o governo pelo crime.

Um relatório da ONG Unidade de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos da Guatemala (Udefegua) observou que os ataques contra ativistas sociais aumentaram desde 2020.

"O primeiro ano [2020] de governo do Dr. Alejandro Giammattei representou o aumento mais forte e profundo dos ataques a defensores dos direitos humanos", denunciou a organização ao comparar as últimas sete gestões presidenciais.

No ano passado, os ataques contra defensores de direitos humanos alcançaram um número histórico com 1.055 incidentes, incluindo 17 assassinatos, informou a organização.


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