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Estado de Minas WASHINGTON

Bilionários Bezos e Branson, prontos para ir ao espaço


09/07/2021 12:53

Duas naves, duas empresas e um objetivo: tendo cada um fundado sua própria companhia espacial no início dos anos 2000, os bilionários Jeff Bezos e Richard Branson se preparam para inaugurar pessoalmente - com poucos dias de intervalo - a era das viagens turísticas à fronteira do espaço.

Espantosamente coincidentes no cronograma de desenvolvimento e um reflexo da acirrada competição entre os dois empresários, seus respectivos voos também marcarão um ponto de inflexão para a nascente indústria do turismo espacial.

Porque os dois chefes têm o mesmo objetivo: fazer com que centenas de viajantes ricos admirarem com os próprios olhos, por alguns minutos, a curvatura da Terra.

Eles não serão os primeiros bilionários a ir para o espaço: o americano de origem húngara Charles Simonyi e o fundador canadense do Cirque du Soleil Guy Laliberté passaram vários dias a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) em 2007 e 2009, mas fizeram a viagem em um foguete russo Soyuz.

Mas Bezos, à frente da Blue Origin, e Branson, da Virgin Galactic, serão os primeiros a voar em espaçonaves desenvolvidas por empresas criadas por eles mesmos.

"É uma coincidência incrível e maravilhosa irmos no mesmo mês", disse o britânico Branson ao The Washington Post, garantindo que o anúncio de última hora da data de seu voo, 11 de julho, "não estava realmente" programado para antecipar a do americano Bezos, no dia 20.

O voo da Virgin Galactic decolará no domingo do Novo México, no sul dos Estados Unidos. O horário programado ainda não foi anunciado, mas a empresa disse que organiza uma transmissão ao vivo a partir das 07h00.

Um avião transportando a espaçonave vai decolar de uma pista convencional e, ao atingir a altura desejada, vai largar a nave, cujo modelo se chama SpaceShipTwo, embora a unidade específica que será usada no domingo tenha sido batizada de VSS Unity.

Os dois pilotos a bordo da espaçonave vão então ligar o motor para uma subida supersônica, até superar mais de 80 km de altitude, altura estabelecida nos Estados Unidos para a fronteira espacial. Os passageiros, Richard Branson e três outros funcionários da Virgin Galactic, irão soltar os cintos de segurança e flutuar em gravidade zero por alguns minutos.

A nave então vai planar até pousar.

Assim, o fundador do grupo Virgin vai testar e avaliar a experiência dos futuros clientes, prevista a priori para 2022. Cerca de 600 pessoas já compraram seus ingressos, por entre 200 mil e 250 mil dólares.

"Quando eu voltar, vou anunciar algo muito emocionante para que mais pessoas possam se tornar astronautas", prometeu.

- Treinamento mínimo -

A segunda viagem espacial será realizada pela Blue Origin em 20 de julho, aniversário dos primeiros passos do homem na Lua.

O foguete, batizado de New Shepard em homenagem ao primeiro americano a chegar ao espaço, Alan Shepard, vai decolar verticalmente do oeste do Texas, no sul dos Estados Unidos.

A cápsula espacial se separará a uma altitude de cerca de 75 km, continuando sua trajetória até ultrapassar os 100 km de altitude, a Linha de Karman, que marca o início do espaço segundo a convenção internacional.

Em comparação, os aviões de passageiros geralmente voam a uma altitude de cerca de 10 km.

Depois de alguns minutos, a cápsula começará uma queda livre de volta à Terra, desacelerada por três grandes paraquedas e depois por foguetes.

A bordo, Jeff Bezos estará acompanhado por seu irmão, Mark, a ex-piloto veterana Wally Funk de 82 anos e o misterioso vencedor de um leilão, cujo nome ainda não foi revelado, mas que pagou US $ 28 milhões para participar.

Este será o primeiro voo tripulado deste foguete (enquanto o VSS Unity já embarcou pilotos, e até uma passageira).

Ao contrário de sua grande rival, a SpaceX, que planeja viagens de vários dias muito mais ambiciosas para seus próprios turistas espaciais, os chamados voos suborbitais da Virgin Galactic e da Blue Origin exigem treinamento mínimo.

Mas a chegada do turismo espacial, anunciada como iminente por anos, continuam em suspense até que os testes sejam totalmente bem-sucedidos.

Em 2014, um acidente com uma espaçonave Virgin Galactic resultou na morte de um piloto, atrasando significativamente o programa.

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