O atentado ocorreu em uma zona rural do município de Ambalema, Tolima, onde "três pessoas foram mortas com arma de fogo (...) nas mãos do crime" e uma quarta sofreu "ferimentos graves" que causaram sua morte "momentos depois" em um centro médico, informou o comandante da polícia departamental, coronel Rolfy Jiménez, em declaração à imprensa.
Duas das vítimas foram baleadas enquanto viajavam de motocicleta, enquanto as demais foram atacadas porque "aparentemente foram testemunhas dos fatos", explicou o policial sem dar detalhes sobre os autores ou motivos do crime.
No domingo, três homens foram mortos a tiros no município vizinho de El Espinal, sendo dois deles venezuelanos.
Segundo a ONG independente Indepaz, que documenta os massacres que se multiplicaram na Colômbia após o tratado de paz com a extinta guerrilha Farc em 2016, "nesta área se formam corredores para economias ilegais, conectando com a capital do país".
Rebeldes que se afastaram do acordo de paz, gangues de origem paramilitar e outros grupos armados disputam a renda do tráfico de drogas, da extorsão e de outros negócios ilícitos, em um país de 50 milhões de habitantes.
O Ministério da Defesa ofereceu uma recompensa equivalente a cerca de 7.800 dólares por informações sobre os autores de ambos os ataques.
Com esses crimes, a Colômbia totaliza cinquenta massacres em 2021, de acordo com a Indepaz, que os define como ataques em que morrem três ou mais pessoas, sem possibilidade de defesa, nas mãos do mesmo agressor.
Apesar do desarmamento das Farc, a Colômbia vive um recrudescimento da violência que, em quase seis décadas de conflito, deixa mais de nove milhões de vítimas, a maioria delas deslocadas.
BOGOTÁ