O reinício das máquinas estava programado para a última segunda-feira, mas foi adiado várias vezes. O diretor executivo da empresa, Fred Voccola, pediu desculpas aos clientes em um vídeo publicado ontem. "Não quero que ninguém ache que não estamos levando isso a sério", assinalou.
Após o ataque, do tipo ransomware, a Kaseya conseguiu bloquear as vulnerabilidades encontradas, mas optou por levar mais tempo até colocar em prática as medidas adicionais de proteção, explicou Voccola, acrescentando que a empresa irá aplicar um modelo de ajuda financeira colocado em prática durante a pandemia, desta vez destinado a ajudar empresas afetadas por ataques cibernéticos.
"Iremos proporcionar ajuda financeira direta às pequenas e médias empresas que foram paralisadas" pelos ataques, informou Voccola. "Injetar dinheiro em um problema nem sempre o resolve, mas é melhor do que não injetar. Estamos fazendo o que podemos."
O ataque sem precedentes que levou a Kaseya a fechar seu sistema baseado na nuvem no último dia 2 afetou cerca de 1,5 mil empresas, e os hackers pediram um resgate de 70 milhões de dólares. Embora a empresa seja pouco conhecida do grande público, analistas afirmam que a mesma foi um alvo importante, já que seu software é usado por milhares de outras empresas.
A Kaseya presta serviços de informática a cerca de 40 mil empresas em todo o mundo, algumas das quais são responsáveis por gerenciar sistemas de informática de outras companhias. O ataque afetou os usuários de seu software VSA, usado para gerenciar redes de computadores e impressoras.
SAN FRANCISCO