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Estado de Minas YANGON

Manifestações em Mianmar homenageiam marchas de 1962 contra 1ª junta


07/07/2021 09:38

Opositores da junta militar no poder há mais de cinco meses em Mianmar foram às ruas de Yangon, nesta quarta-feira (7), para comemorar o aniversário das manifestações estudantis de 1962 contra o primeiro golpe de Estado do Exército birmanês.

Desde o novo golpe de 1º de fevereiro passado, que depôs a líder civil Aung San Suu Kyi, o país se encontra mergulhado em manifestações, greves e outras formas de protesto, apesar de uma repressão sangrenta que já deixou quase 900 mortos, conforme uma ONG local.

A economia se encontra em queda livre, milhares de funcionários públicos e pessoal médico estão em greve, e os casos de covid-19 registram forte alta neste país, um dos mais pobres da Ásia.

Em torno de 100 pessoas participaram de uma manifestação relâmpago logo cedo nesta quarta-feira nas ruas de Yangon, o coração econômico do país. O motivo: relembrar o aniversário dos protestos na universidade dessa cidade, em 7 de julho de 1962, contra um primeiro golpe de Estado do Exército birmanês, segundo jornalistas da AFP.

A repressão brutal lançada pelo Exército após esse golpe deixou centenas de mortos e milhares de desaparecidos. Agora, muitos afirmam que a história se repete sete décadas depois.

"Vamos acabar com o Exército fascista", gritavam os manifestantes, enquanto alguns explodiam granadas de fumaça.

"Vamos manter o espírito do 7 de julho e lutar contra a ditadura militar", gritaram antes de fugirem dois minutos depois diante da chegada da polícia.

Dezenas de pessoas também se manifestaram na segunda cidade do país Mandalay, bem como em Sagaing (centro), onde queimaram uma bandeira do exército, segundo imagens divulgadas pela mídia local.

Desde sua independência do Reino Unido em 1948, Mianmar esteve sob controle militar de modo quase permanente, à exceção de um curto período.

Depois do compromisso de reformas políticas e econômicas adotado na esteira da autodissolução da junta em 2011, a Liga Nacional para a Democracia (LND) de Aung San Suu Kyi venceu as eleições de 2015 e 2020.

O Exército justificou o golpe de fevereiro passado, afirmando que houve fraude nas eleições legislativas de novembro de 2020.


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