"Não vejo nenhuma necessidade de ir para a cadeia hoje", disse ele, rindo, durante uma entrevista coletiva na cidade de Nkandla, na província de Kwazulu-Natal (leste).
Zuma foi condenado na terça-feira a 15 meses de prisão pelo Tribunal Constitucional, por se ter recusado a testemunhar em várias ocasiões no âmbito das investigações sobre a corrupção do Estado.
No sábado, o Tribunal aceitou um pedido do político para rever sua decisão - uma manobra para evitar ser preso - pelo menos até que uma nova audiência seja realizada, marcada para 12 de julho.
"Eles não podem aceitar os papéis e esperar que eu apareça na prisão", afirmou Zuma.
Ele tem até a noite deste domingo para se entregar na delegacia e, caso não o faça, a polícia tem ordem de detê-lo em no máximo três dias e levá-lo para a prisão.
Tecnicamente, esta nova audiência não suspende a sentença do Tribunal Constitucional, da qual não cabe recurso, segundo especialistas em direito constitucional.
"Mandar alguém para a prisão sem julgamento é uma farsa de justiça", declarou Zuma.
"Mandar-me para a prisão no auge de uma pandemia, na minha idade, equivale a condenar-me à morte", acrescentou.
Zuma é acusado de ter desviado dinheiro público durante seus nove anos no poder. Afetado pelos escândalos, ele foi forçado a renunciar.
NKANDLA