"O decreto visa a adquirir vacinas pediátricas e ampliar o espectro para o plano de vacinação", explicou Vilma Ibarra, secretária jurídica e técnica da nação, em entrevista coletiva. Assim, procurou-se "conciliar as necessidades dos laboratórios com os interesses da nação", e foi elaborado após negociações difíceis com os laboratórios, indicou a funcionária.
O decreto altera a atual lei que regulamenta a aquisição de vacinas contra a covid. Também cria "um fundo de reparação para responder com indenização no caso de uma pessoa ser prejudicada por uma vacina", explicou Vilma, especificando que o decreto servirá para simplificar as contratações junto a todos os laboratórios, e deve destravar as negociações para o fornecimento de vacinas contra a covid da Pfizer.
"Havia uma impossibilidade de contratação (da Pfizer) diante do marco da lei que o Congresso aprovou", explicou Vilma em entrevista coletiva com a ministra da Saúde, Carla Vizzotti. A partir do decreto, "queremos avançar o quanto antes nos contratos que podem ser assinados", disse.
A ministra da Saúde esclareceu que, "na Argentina, não há nenhuma vacina pediátrica aprovada", embora tenha destacado que vários laboratórios com os quais a Argentina já tem contratos estão realizando estudos envolvendo adolescentes. "Esperamos ter informações para crianças e adolescentes a curto prazo", ressaltou Carla Vizzotti.
A Argentina tem acordos com o laboratório russo Gamaleya, com a Universidade de Oxford, o Serum Institute of India e o Beijing Institut. Nas últimas semanas, acelerou seu plano de vacinação, em que 13 milhões de pessoas receberam uma dose e outros 4,2 milhões, duas doses.
BUENOS AIRES