A deputada Liz Cheney, recentemente expulsa da hierarquia republicana por acusar diretamente Trump de instigar uma multidão a invadir o Capitólio, disse que estava "honrada" com a nomeação.
"Os responsáveis por este ataque devem prestar contas e esta comissão especial responderá a essa responsabilidade de maneira profissional, pronta e imparcial", disse ela em um comunicado.
Cheney foi uma de apenas dois legisladores republicanos entre 211 que votaram na Câmara na quarta-feira a favor da criação deste comitê especial.
Com o poder de citar testemunhas e exigir documentos específicos, a comissão foi aprovada por todos os 220 representantes democratas na câmara baixa, depois que os republicanos impediram o Congresso de formar uma investigação mais independente.
Os republicanos afirmaram que os inquéritos parlamentares já em curso e o trabalho da polícia são suficientes.
Pelo menos 500 pessoas foram indiciadas pela invasão da capital por extremistas de direita, muitos associados a milícias armadas, numa época em que a vitória eleitoral do democrata Joe Biden, questionada por Trump, precisava ser certificada.
A presidente da Câmara Baixa, Nancy Pelosi, também nomeou o democrata Bennie Thompson para chefiar o comitê especial. Este último havia entrado com uma ação civil em fevereiro contra Donald Trump por seu papel no trágico evento.
Ao todo, 13 parlamentares farão parte do comitê, incluindo sete democratas. O líder da minoria republicana Kevin McCarthy pode nomear seis de seu partido, mas ainda não decidiu se o fará.
WASHINGTON