Em seu relatório anual sobre a economia dos Estados Unidos, o FMI também projetou um crescimento de 4,9% para 2022, 1,4 ponto percentual a mais do que o previsto em abril.
Mas enquanto a instituição aplaudia as políticas do presidente democrata Joe Biden para apoiar a economia, também expressava "preocupação significativa" por ele não ter conseguido aumentar as tarifas sobre produtos como aço e alumínio impostas por seu antecessor, o magnata republicano Donald Trump.
Os Estados Unidos experimentaram uma "recuperação notável", disse o Fundo, impulsionado por um apoio "sem precedentes" dos gastos públicos e medidas de estímulo "eficazes" do Federal Reserve (Fed, banco central americano).
O relatório aponta que o crescimento pode ser maior, embora para essa previsão o fundo prevê um gasto de 4,3 trilhões de dólares na próxima década com o Plano dos Empregos Americanos (AJP) e o Plano das Famílias Americanas (AFP), propostos por Biden.
Juntos, esses programas gerariam um aumento de 5% do PIB até 2022-2024, estimou o FMI.
No entanto, se o Congresso dos EUA não aprovar a legislação ou reduzir drasticamente sua amplitude, o ímpeto de crescimento será prejudicado.
O FMI, com sede em Washington, disse que há "forte evidência empírica ... dos benefícios sociais" de tais programas e ressaltou que "se justifica um aumento permanente dos impostos sobre os lucros corporativos e famílias de alta renda" para pagá-los.
No entanto, a entidade reservou seus comentários mais severos às políticas comerciais de Biden, alegando que a remoção das barreiras comerciais ajudaria a apoiar sua agenda centrada nos trabalhadores.
"É muito preocupante que muitas das distorções comerciais introduzidas nos últimos quatro anos ainda estejam em vigor", disse o Fundo.
Biden manteve as tarifas impostas por Trump sobre aço e alumínio, "assim como uma variedade de produtos importados da China".
"Essas políticas devem ser reconsideradas. As restrições comerciais e os aumentos de tarifas devem ser revertidos", disse o relatório.
WASHINGTON