"Quero anunciar ao país o golpe mais importante contra o narcotráfico do ELN neste ano, com a apreensão de seis toneladas de cloridrato de cocaína", declarou Molano em um vídeo enviado à imprensa.
A Operação Jared, na qual três "grandes laboratórios" foram destruídos pelas Forças Armadas e pela promotoria, foi realizada no município de Samaniego, departamento de Nariño, próximo à fronteira com o Equador.
"A cocaína, maquinários e outros elementos encontrados ultrapassariam o valor de nove milhões de dólares. O narcótico estava pronto para ser embalado e transportado para a costa do Pacífico colombiano para ser enviado ao México e aos Estados Unidos", acrescentou o procurador-geral da Colômbia, Francisco Barbosa.
Molano anunciou esta semana que redobrará os esforços contra o "terrorismo" de grupos armados após o ataque ao helicóptero do presidente Iván Duque, ocorrido na sexta-feira em Cúcuta, perto da fronteira com a Venezuela.
O governo responsabiliza o ELN pelo ataque e pela explosão de um carro-bomba em uma unidade militar da mesma cidade, ocorrida dez dias antes.
Último guerrilheiro reconhecido após o pacto que encerrou um conflito de meio século com as Farc, o Exército de Libertação Nacional (ELN) nega estar envolvido no ataque à base militar.
O sudoeste da Colômbia sofre com um recrudescimento da violência após o acordo de paz assinado em 2016 com a insurgência marxista.
O governo atribui a violência a grupos financiados pelo narcotráfico, consolidados nas fronteiras com Venezuela, Panamá e Equador.
Em 2020, a ONU estimou em 144.000 os hectares de coca plantados no país. Embora a área tenha sido reduzida em 7% em relação a 2019, a produção de cocaína continua aumentando, lamentou Pierre Lapaque, representante do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc).
Depois de décadas de luta contra o tráfico, a Colômbia é o maior fornecedor mundial de cocaína e os Estados Unidos o principal consumidor.
BOGOTÁ