Klug se refugiou na Argentina para evitar a pena de 10 anos de prisão por sua responsabilidade no sequestro e assassinato de 23 trabalhadores de duas centrais hidrelétricas do regimento Los Ángeles, na região de Biobío, convertido em centro de tortura e do qual era o chefe, após o golpe militar liderado por Pinochet em 11 de setembro de 1973.
O ex-oficial chileno, 70, foi preso em Buenos Aires há duas semanas, depois que sua tentativa de pegar um vôo para a Europa fracassou. Ele foi extraditado pelo governo argentino a pedido da Justiça chilena e chegou ao aeroporto de Santiago na noite de ontem, quando foi detido e colocado em quarentena por causa da Covid-19.
"Klug Rivera cumprirá uma quarentena de 10 dias no Regimento de Polícia Militar N°1 de Santiago, à espera de que se resolva sua situação processual ", informa o comunicado. Sua fuga ocorreu depois que um tribunal chileno o absolveu, no fim do ano passado, pelo desaparecimento durante a ditadura do estudante universitário Luis Cornejo Fernández. A família Cornejo recorreu da sentença, portanto Klug não poderia deixar o país até que o caso fosse resolvido pela Justiça chilena.
Klug fugiu do Chile duas vezes. A primeira vez foi em 2015, quando, depois de ser condenado, conseguiu escapar para a Alemanha, onde residiu por quatro anos graças ao fato de ter dupla nacionalidade e de esse país não ter acordo de extradição com o Chile. Mas Klug foi preso pela Interpol durante uma visita à Itália em 2019 e extraditado para o Chile em 2020 pelo caso Cornejo.
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SANTIAGO
Militar extraditado por crimes da ditadura chega ao Chile
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