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Estado de Minas WASHINGTON

EUA, UE e Canadá estão dispostos a rever sanções contra Venezuela se diálogo interno avançar


25/06/2021 21:35 - atualizado 25/06/2021 21:37

Os Estados Unidos, a União Europeia (UE) e o Canadá destacaram nesta sexta-feira (25) sua disposição a rever as sanções contra o governo de Nicolás Maduro na Venezuela se uma negociação liderada por venezuelanos avançar até eleições livres.

"Saudamos os avanços substantivos e confiáveis para restaurar processos e instituições democráticas essenciais na Venezuela e estamos dispostos a revisar as políticas de sanções com base em avanços significativos em uma negociação integral", destacaram em uma declaração conjunta.

O texto foi assinado pelo Secretário de Estado americano, Antony Blinken, pelo alto representante da UE para as Relações Exteriores, Josep Borrell, e pelo ministro das Relações Exteriores do Canadá, Marc Garneau.

Os três enfatizaram que a "solução pacífica" para a Venezuela deve surgir de um diálogo interno "com a participação de todos os atores", que conduza a "eleições locais, legislativas e presidenciais credíveis, inclusivas e transparentes".

Para isso, pediram a "libertação incondicional de todos os detidos injustamente por motivos políticos, a independência dos partidos políticos, a liberdade de expressão, incluindo a de membros da imprensa, e o fim dos abusos dos direitos humanos". "Pedimos condições eleitorais que atendam aos padrões internacionais de democracia, começando com as eleições locais e regionais marcadas para novembro de 2021", disseram.

Os Estados Unidos, a UE e o Canadá não reconhecem o mandato de Maduro iniciado em janeiro de 2019, por considerar ilegítima a sua reeleição em maio de 2018. Também não reconhecem a autoridade da Assembleia Nacional (Parlamento), eleita em dezembro de 2020 e dominada pelo partido no poder.

A declaração conjunta coincidiu com a visita a Washington nesta semana de delegados do opositor venezuelano Juan Guaidó, que iniciaram um giro internacional para tentar definir formas de levantar sanções impostas contra o governo Maduro antes de uma possível negociação.

Os Estados Unidos, Canadá e muitos países europeus estão entre as 60 nações que apoiam o líder da oposição venezuelana Juan Guaidó como presidente interino, devido ao seu cargo de presidente da Assembleia Nacional eleito democraticamente em 2015.

Os Estados Unidos, a UE e o Canadá impuseram inúmeras sanções econômicas a Caracas, incluindo um bloqueio por Washington do petróleo venezuelano, como parte de uma pressão para a "restauração" da democracia no país sul-americano.

A Noruega mediou negociações fracassadas entre os delegados de Maduro e Guaidó em 2019, paralisadas quando Washington intensificou suas medidas punitivas financeiras contra Caracas.

Guaidó propôs no mês passado retomar as conversas com Maduro, uma mudança em relação ao seu objetivo declarado em janeiro de 2019, de tirar o presidente venezuelano do poder e instaurar um governo de transição para organizar novas eleições.

Maduro disse que se reunirá com a oposição, mas impôs como condições o fim "das medidas coercitivas unilaterais" contra a Venezuela, o "reconhecimento pleno" da Assembleia Nacional, dominada pelo governismo, e o desbloqueio de contas bancárias do Estado no exterior.

Em sua declaração conjunta, os Estados Unidos, a UE e o Canadá destacaram seu compromisso de "enfrentar a grave crise humanitária" na Venezuela e celebraram "um acordo maior entre todos os atores políticos" para permitir a entrada de alimentos, remédios e insumos para combater a covid-19.

Além da crise política, a Venezuela, governada por Maduro desde 2013, vive um desastre econômico e social agravado pela pandemia que, segundo a ONU, forçou 5,6 milhões de pessoas a deixarem o país nos últimos anos.


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