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Estado de Minas LONDRES

Ministro da Saúde britânico volta aos holofotes por caso extraconjugal


25/06/2021 11:07 - atualizado 25/06/2021 11:13

Já no olho do furacão em razão de sua política de controle da pandemia, o ministro britânico da Saúde, Matt Hancock, pediu perdão nesta sexta-feira (25) por desrespeitar as regras contra a covid-19, depois que um jornal revelou que ele teve um caso extraconjugal com uma colaboradora.

O jornal The Sun publicou fotos comprometedoras. Nelas, o ministro, que é casado e tem três filhos, é visto beijando Gina Coladangelo, também casada, em seu escritório em Westminster em 6 de maio. À época, abraços e contatos próximos estavam proibidos na Inglaterra em razão das restrições sanitárias.

"Reconheço que não respeitei as instruções sanitárias", declarou o ministro nesta sexta-feira em um breve comunicado.

"Desapontei muitas pessoas e lamento muito", acrescentou, pedindo respeito por sua vida privada.

O primeiro-ministro Boris Johnson "aceitou as desculpas" de Hancock, e considera o "assunto encerrado", declarou um porta-voz de Downing Street.

No entanto, a posição de Hancock foi definida como "insustentável" pela presidente do Partido Trabalhista, Anneliese Dodds, que disse que Boris Johnson "deveria demiti-lo".

Ela também acusou o ministro de "não respeitar suas próprias regras" e de "abuso de poder".

Matt Hancock já era alvo de outras acusações, graves para este ministro no centro da ação do governo contra a pandemia de coronavíurs, que causou mais de 128.000 mortes no Reino Unido.

Em uma audiência parlamentar realizada no mês passado, o controverso assessor do primeiro-ministro Boris Johnson, Dominic Cummings, acusou Hancock de ter mentido em várias ocasiões sobre sua gestão da crise sanitária e considerou que ele deveria ser demitido.

Depois, usando como prova o 'print' de tela de um celular, Cummings afirmou que Johnson teria chamado Hancok de "inútil total".

Por outro lado, a nomeação de Gina Coladangelo, que Hancock conhece desde a faculdade, deu-se de forma discreta no ano passado e também gerou polêmica, por não ter sido informada publicamente até ser divulgada pela imprensa.

Um porta-voz dos trabalhistas, principal partido de oposição, pediu explicações do governo se houve "conflito de interesses" na nomeação da colaboradora.

"Os ministros, como todos os demais, têm direito à privacidade", afirmou um porta-voz trabalhista.

"No entanto, quando o dinheiro dos contribuintes está em jogo, ou são oferecidos cargos para amigos próximos que têm uma relação pessoal com um ministro, isso precisa ser analisado", acrescentou.

Entrevistado pelo canal Sky News, o ministro dos Transportes, Grant Shapps, limitou-se a garantir que qualquer nomeação segue um processo "incrivelmente rigoroso" e que não existem "atalhos", recusando-se a comentar um assunto "totalmente pessoal".

Um influente assessor científico do Executivo, Neil Ferguson, teve de renunciar em maio de 2020, após ter recebido em sua casa uma mulher, que se dizia ser sua amante, durante o primeiro confinamento contra a covid-19.


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