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China denuncia Austrália à OMC por concorrência desleal


24/06/2021 08:22 - atualizado 24/06/2021 08:26

A China anunciou nesta quinta-feira (24) que denunciou a Austrália à Organização Mundial do Comércio (OMC) pelas tarifas que o país aplica às exportações chinesas de turbinas eólicas e outros produtos, o que afetaria a livre concorrência.

O anúncio acontece menos de uma semana depois da apresentação da demanda australiana à OMC pelas taxas excessivas que a China impõe ao vinho produzido no país.

O objetivo é "proteger os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas", afirmou o porta-voz do ministério do Comércio do país asiático, Gao Feng.

"Esperamos que a Austrália adote medidas concretas para corrigir suas práticas equivocadas, evitar distorções no comércio destes produtos e colocar este comércio no caminho normal o mais rápido possível", completou.

Além dos impostos sobre as turbinas eólicas, o ministério chinês do Comércio também critica as medidas australianas contra suas exportações de rodas de trens e cubas de metal, adotadas respectivamente em 2019 e 2020.

O ministro do Comércio da Austrália, Dan Tehan, afirmou nesta quinta-feira que o país "defenderá energicamente as medidas instauradas".

Tehan disse que a Austrália deseja um "compromisso construtivo com o governo chinês", mas que as medidas foram implementadas "depois de uma análise rigorosa".

As relações bilaterais começaram a deteriorar em 2018, quando a Austrália excluiu o grupo chinês de telecomunicações Huawei do desenvolvimento de sua rede 5G, alegando que a empresa representava um perigo para a segurança nacional.

A situação piorou quando o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, se uniu aos Estados Unidos e exigiu uma investigação internacional sobre as origens da pandemia de covid-19. A China, primeiro país afetado pela doença, considerou a iniciativa hostil e motivada por questões políticas.

A Austrália também criticou a China por sua política de repressão da oposição pró-democracia em Hong Kong

Depois, a China determinou sanções econômicas para uma série de produtos australianos, incluindo tarifas a produtos agrícolas, carvão e vinhos (direitos alfandegários de até 218% que foram aplicados em novembro de 2020).

A Austrália era até então o principal exportador de vinhos para a China, mas o mercado se fechou e as vendas, que representavam quase 1,1 bilhão de dólares australianos (US$ 840 milhões), caíram para apenas 20 milhões de dólares australianos, de acordo com os números oficiais.

A denúncia australiana à OMC foi apresentada após as advertências de Morrison sobre a vontade de seu governo de responder com força aos países que tentam utilizar a "coação econômica" contra a Austrália.

A demanda australiana a respeito das tarifas contra seus vinhos foi anunciada dias após a reunião de cúpula do G7 no Reino Unido, onde a Austrália participou como convidada e defendeu uma ação mais firme contra as práticas comerciais da China.

O governo australiano já havia denunciado a China à OMC pelas tarifas excessivas à cevada do país.


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