O enviado das Nações Unidas para Oriente Próximo, Tor Wennesland, chegou nesta segunda-feira com sua equipe neste enclave controlado pelo Hamas para se encontrar com seus dirigentes, um mês depois do início do cessar-fogo entre este movimento islamita e Israel.
"O encontro foi ruim, não foi nada positivo", disse o líder do braço político do Hamas, Yahya Sinwar.
"Eles nos ouviram atentamente, mas não há sinais de que haja intenção de resolver a crise humanitária na Faixa de Gaza", acrescentou.
A ONU não quis dar declarações após a reunião.
"As facções discutirão todos os cenários para responder à políica de procrastinação da ocupação que explora a situação econômica em Gaza", disse uma fonte anônima no Hamas.
Este pequeno território, lar de dois milhões de palestinos e submetido a um bloqueio israelense desde 2007, ficou devastado pelo último episódio de bombardeios que se prolongou por onze dias.
No domingo, Israel anunciou a retomada de uma "exportação limitada" de produtos agrícolas de Gaza, assim como a saída de caminhões com roupas e tecidos.
Essas exportações recomeçaram efetivamene nesta segunda-feira em Kerem Shalom, o único ponto de passagem de mercadorias entre esse território palestino e Israel, observaram jornalistas da AFP.
Também foram retomadas as atividades postais, informou Saleh Al Zaq, chefe da comissão palesina de assuntos civis, que controla as fronteiras do lado de Gaza.
O cessar-fogo aplicado em 21 de maio encerrou o conflito mais violento entre Israel e Hamas desde 2014, com 260 vítimas palestinas e 13 israelenses.
Na semana passada, houve violações desta trégua, com lançamentos de balões incendiários de Gaza que foram respondidos com bombardeios da força aérea israelense.
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GAZA
Hamas acusa Israel de promover crise humanitária em Gaza
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