No Brasil, que ontem se tornou o segundo país do mundo, depois dos Estados Unidos, a superar a marca das 500.000 mortes por covid-19, o recente aumento dos óbitos diários confirma a chegada de uma terceira onda.
O último dado do ministério da Saúde, que segundo muitos epidemiologistas está subestimado, é de 500.800 mortos, com 2.301 registrados nas últimas 24 horas.
Nesta semana, a média semanal de mortes diárias superou as 2.000 pela primeira vez desde 10 de maio no país, que recebe a Copa América de futebol desde domingo passado.
A situação é crítica em 19 dos 27 estados brasileiros, com mais de 80% dos leitos de cuidados intensivos ocupados, e 90% em oito deles.
A campanha de vacinação no Brasil começou tarde, em meados de janeiro, e somente 29% da população recebeu pelo menos uma dose, enquanto 11,36% está totalmente vacinada.
- Um bilhão de doses -
A China, por sua vez, já administrou mais de um bilhão de doses da vacina contra o coronavírus, anunciou neste domingo o ministério da Saúde, sem especificar a porcentagem da população que já recebeu a imunização completa.
O número representa mais de um terço da quantidade de doses injetadas em todo o mundo (2,5 bilhões), segundo uma contagem da AFP na sexta-feira a partir de fontes oficiais.
Na França, três dias depois do fim da obrigação de usar máscara ao ar livre, a vida parecia quase normal. Neste domingo está previsto o fim do toque de recolher que começou há oito meses.
Um dos países europeus mais afetados pelo vírus, com mais de 110.000 mortes, a França foi um dos últimos a manter essa medida, junto com Itália e Grécia. Outros países europeus, como Alemanha e Espanha, estão avançando para um levantamento gradual da obrigação do uso de máscara.
Na China, onde o vírus está praticamente erradicado há mais de um ano graças às quarentenas obrigatórias, controles em massa e aplicativos de celulares para controlar os deslocamentos, as autoridades pedem à população para se vacinar.
O gigante de 1,4 bilhão de habitantes registrou apenas 23 novos casos de covid em 24 horas, todos eles de pessoas vindas do exterior, que foram colocadas em quarentena.
Já a capital russa redobrou a vigilância, por causa de um surto da epidemia atribuído à variante Delta, que surgiu na Índia. Moscou registrou neste domingo 8.305 casos nas últimas 24 horas, marcando uma leve queda após os recordes de 9.056 casos de sexta-feira e de 9.120 infecções no sábado.
- Restrições levantadas em Tóquio -
No Japão, a um mês dos Jogos Olímpicos (de 23 de julho a 8 de agosto), neste domingo foi levantado o estado de emergência sanitária em Tóquio e outras oito cidades, mas as restrições que podem limitar a presença local no evento esportivo foram mantidas.
A redução de restrições também permitirá realizar partidas ou shows com espectadores, mas com 50% da capacidade e um máximo de 10.000 pessoas.
No entanto, as seis áreas de torcidas previstas inicialmente para acompanhar as competições olímpicas em Tóquio em telas gigantes foram anuladas.
Os organizadores dos Jogos abriram a Vila Olímpica à imprensa neste domingo e apresentaram uma "clínica da febre" para analisar e isolar as pessoas com sintomas do coronavírus.
PARIS