Os números deste sábado superam os 9.056 novos casos registrados na sexta-feira, de acordo com as estatísticas publicadas no portal stopcoronavirus.rf.
O prefeito de Moscou, Serguéi Sobianin, disse que o surto na cidade se deve à propagação da variante Delta do vírus, que foi identificada pela primeira vez na Índia e se considera mais contagiosa.
Para lidar com a avalanche de novos pacientes, a prefeitura ampliará de 17.000 para 24.000 a quantidade de leitos hospitalares em duas semanas, informou a vice-prefeita de Moscou, Anastasia Rakova.
A capital se tornou o epicentro do atual surto de covid-19 na Rússia e acumula mais da metade das novas infecções registradas neste sábado no país.
A Rússia é o sexto país com mais casos diagnosticados de covid, com 5,3 milhões desde o início da pandemia, e o primeiro da Europa em vítimas mortais, 128.445 segundo o governo e 270.000 segundo a agência estatística russa.
Na sexta-feira, o prefeito Sobianin afirmou que quase 90% dos novos casos detectados na capital correspondiam à variante Delta.
A prefeitura desta cidade de 12 milhões de habitantes tomou medidas como a suspensão dos eventos de entretenimentos em massa, o fechamento de casas de festa e áreas de torcidas em estádios, e incentivou a vacinação obrigatória dos funcionários do setor de serviços.
A Rússia lançou rapidamente uma campanha de vacinação em dezembro, confiando especialmente em sua vacina Sputnik V, mas até o momento somente 19 milhões de seus 146 milhões de habitantes receberam ao menos uma dose do imunizante, segundo o site Gogov que coleta dados das regiões e da mídia, na falta de estatísticas nacionais oficiais.
Seus cidadãos se mostram céticos sobre a vacinação. Segundo uma pesquisa independente recente, 60% deles não quer se vacinar.
Antes de impor a vacinação aos trabalhadores do setor de serviços, Sobianin tentou impulsionar a imunização organizando o sorteio de um carro entre quem recebesse a primeira dose.
MOSCOU