"As análises dos nossos serviços e dos serviços secretos nos permitem afirmar sem equívoco que o ciberataque ocorreu a partir do território da Federação da Rússia", declarou em um comunicado Kaczynski, que exerce a função de vice-primeiro-ministro encarregado da segurança nacional.
O parlamento polonês se reuniu na quarta-feira a portas fechadas para ouvir um discurso do primeiro-ministro, Mateusz Morawiecki, sobre uma onda de ciberataques "sem precedentes" a páginas institucionais e contas de e-mail.
"O ataque foi direcionado a altos funcionários, ministros e deputados de vários partidos políticos", disse Kaczynski nesta sexta-feira.
Alguns dos e-mails privados interceptados apareceram no aplicativo de mensagens Telegram.
Na semana passada, o ministro responsável pelo programa nacional de vacinação, Michal Dworczyk, foi vítima de um ciberataque em seu e-mail privado.
Segundo a imprensa, no e-mail havia documentos oficiais, alguns secretos, mas ele nega.
Kaczynski disse que o ciberataque tinha como objetivo "desestabilizar o país".
As relações entre Polônia e Rússia, historicamente complicadas, se intensificaram desde a anexação russa da Crimeia ucraniana em 2014 e pelo apoio de Moscou ao presidente bielorrusso Alexander Lukashenko.
VARSÓVIA