"Estou confiante de que o juiz Jamal, com sua vasta experiência nas comunidades jurídica e acadêmica e sua dedicação em servir aos outros, será um recurso valioso para a mais alta corte de nosso país", declarou em um comunicado Trudeau, que se comprometeu a lutar contra o racismo nas instituições canadenses.
Em sua conta no Twitter, Trudeau comemorou uma "nomeação histórica".
Formado pela Universidade de Yale, nos Estados Unidos, Jamal exerceu a advocacia por quase um quarto de século no Canadá, argumentando 35 vezes perante a Suprema Corte sobre uma ampla gama de questões. Ele era juiz do Tribunal de Apelações de Ontário desde 2019.
Bilíngue (inglês e francês), Jamal também lecionou direito constitucional na Universidade McGill, em Montreal, e direito administrativo na Faculdade de Direito Osgoode Hall, em Toronto.
Nascido em Nairóbi, no Quênia, em 1967 em uma família originária da Índia, o juiz Jamal emigrou com sua família para o Reino Unido em 1969 e para o Canadá em 1981.
Em sua candidatura ao Supremo Tribunal Federal, ele afirmou que, quando criança, havia sido "provocado e assediado" por causa de seu nome, religião e cor de pele.
"Na escola, fui educado na religião cristã recitando o Pai Nosso e incorporando os valores da Igreja da Inglaterra. Em casa, fui educado como muçulmano memorizando as orações árabes do Alcorão e vivendo na comunidade ismaelita", escreveu.
"Como muitas outras pessoas, fui discriminado diariamente", acrescentou.
Jamal substituirá Rosalie Silberman Abella, que deixará a Suprema Corte.
OTTAWA