O Exército declarou que não tem como pagar seus soldados e advertiu que precisa de ajuda imediata para alimentos, remédios, combustível e equipamentos.
A ministra da Defesa da França, Florence Parly, presidiu uma videoconferência com este fim, em que reuniu os países do Grupo de Apoio Internacional para o Líbano, entre eles Estados Unidos, Rússia e China, além de países do Golfo. As contribuições acertadas não foram divulgadas.
"Embora numerosos países tenham aportado uma ajuda significativa a título bilateral, a gravidade da crise libanesa apela a um compromisso e uma coordenação maiores por parte de todos", assinalou o ministério. "As Forças Armadas libanesas são um pilar essencial daquele Estado e desempenham um papel chave na manutenção da segurança em todo o país."
A comunidade internacional condiciona qualquer apoio econômico ou financeiro ao Líbano a que o país realize reformas estruturais e ponha em prática um novo governo.
"É extremamente difícil para um comandante militar pedir o apoio de países estrangeiros quando seu próprio Estado é incapaz de agir e corta o orçamento", declarou o general Joseph Aoun, em discurso divulgado por escrito. Ele destacou o impacto da crise econômica "no cotidiano e no moral" dos soldados, e também na capacidade operacional do Exército.
A crise econômica no Líbano, a pior na história do país, é acompanhada de uma desvalorização inédita da moeda, de 90%. O impacto é sentido entre os militares, uma vez que a desvalorização afetou os salários dos soldados e também o orçamento destinado à manutenção do seu material, o que ameaça a capacidade operacional dos militares.
PARIS