Este aumento da Selic, o terceiro consecutivo, coincide com o prognóstico da maioria dos analistas, e será seguido de outro de pelo menos a mesma magnitude, informou o Comitê de Política Monetária (Copom) do BCB em um comunicado.
O Copom havia mantido a Selic em sua mínima histórica de 2% de agosto de 2020 a março, para estimular os investimentos e o consumo durante a desaceleração econômica provocada pela primeira onda da doença.
Mas uma escalada da inflação, impulsionada pelo custo dos alimentos e da energia, levou a seu aumento por três vezes em 0,75 ponto percentual.
No acumulado de doze meses até maio, o aumento de preços chegou a 8,06%, seu maior nível desde setembro de 2016, muito superior ao centro da meta anual de 3,75% e seu limite de tolerância, de 5,25%, estabelecido pelo Banco Central.
As projeções de inflação para 2021 estão atualmente em 5,82%, contra 3,34% em janeiro, de acordo com o Boletim Focus de expectativas de mercado.
O Copom manifestou em seu comunicado sua determinação em retomar o controle dos preços e antecipou que em sua próxima reunião, de 3 a 4 de agosto, "antevê a continuação do processo de normalização monetária com outro ajuste da mesma magnitude".
E destacou que "deterioração das expectativas de inflação para o horizonte relevante pode exigir uma redução mais tempestiva dos estímulos monetários" para a economia, ou seja, um aumento maior da taxa Selic.
BRASÍLIA