O Dow Jones subiu 0,06%, a 34.466,24 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq superou os 14.000 pontos pela primeira vez desde o início de maio, a 14.020,33 unidades, com alta de 0,78%.
O índice ampliado S&P; 500, por sua vez, superou seu recorde de 7 de maio e fechou a 4.239,18 unidades, em alta de 0,47%.
"Está aqui mais um caso no qual temos uma grande notícia sobre a inflação e ninguém dá atenção, o mercado olha para o outro lado", ironizou Karl Haeling, da LBBW.
Os preços ao consumo subiram com força em 12 meses em maio nos Estados Unidos, com alta de 5%, a maior em 13 anos em período similar, um dado que alimenta os temores de uma inflação duradoura no país.
Fazer uma refeição em um restaurante custa 4% mais caro do que há um ano. O vestuário subiu 5,6%. Já os carros usados são 30% mais caros, enquanto a gasolina subiu 56,2%.
Há um ano, em plena pandemia, poucos americanos iam a restaurantes ou shoppings, e os carros ficaram nas garagens. A diferença é grande entre os preços baixos de um ano atrás, no início da pandemia, e os de hoje.
A demanda cresce, já que boa parte da população está vacinada e tem dinheiro graças às ajudas oficiais. As pessoas começam a sair e a consumir. Ao mesmo tempo, a cadeia de abastecimento mundial sofre perturbações, os prazos de entrega aumentam e isso faz os preços subirem.
Os investidores estimam que o mês de maio terá o "pico da inflação", segundo Haeling.
"A partir de agora", a inflação "deveria começar a ceder. O consenso dos economistas prevê que em um ano, o índice CPI alcançará entre 2% e 2,2%", acrescentou.
O efeito comparativo com o período mais forte da pandemia deveria se atenuar em junho e no mês de maio poderia se tornar "o pico da inflação mundial", coincidiu Kathy Bostjancic, analista da Oxford Economics.
O Federal Reserve (Fed, banco central americano) espera um retorno à normalidade em cerca de 2% ao ano dentro de alguns meses.
Os mercados também acompanharam a reunião do Banco Central Europeu (BCE).
A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse nesta quinta que é "cedo demais" para reduzir o apoio monetário pelas consequências da pandemia, apesar de a recuperação estar ganhando força.
O BCE manteve, assim, as taxas de juros em mínimos históricos e não fez nenhum ajuste em seu plano de compra de bônus de emergência no valor de 1,85 trilhão de euros (US$ 2,2 trilhões), cujo objetivo é manter baixos os custos dos empréstimos para incentivar os gastos e os investimentos.
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