Este prêmio anual coincide com a Cúpula para Direitos Humanos e Democracia, que reúne centenas de ativistas e vítimas de todo o mundo em Genebra.
Este ano, devido à pandemia de covid-19, a cúpula foi realizada online.
Daria Navalnaia, de 20 anos, explicou que seu pai escreveu pedindo que ela dedicasse "este prêmio a todos os prisioneiros na Rússia e em Belarus".
Na carta, Navalny lembra que "a maioria deles está em uma situação muito pior do que a dele, porque não são tão conhecidos ou famosos, mas devem saber que não estão sozinhos ou esquecidos", declarou a jovem.
"Temos que lembrar aqueles que estão lutando por nossa liberdade, e devemos ajudar e apoiar eles e suas famílias", ele continuou.
Emocionada, ela também contou como a polícia entrou pela primeira vez na casa da família quando ela tinha 10 anos.
"Para encerrar este discurso, quero repetir algo que meu pai disse uma vez: a Rússia merece ser livre e feliz, e será. Acredito firmemente nisso."
Hillel Neuer, diretor da ONG UN Watch, uma das organizadoras da cúpula, disse que Navalny foi escolhido "por sua extraordinária coragem em acionar o sinal de alarme sobre as graves violações dos direitos humanos do povo russo pelo regime de (Vladimir) Putin".
GENEBRA