"Muitos afegãos se equivocaram nos últimos 20 anos de ocupação e trabalharam com as forças estrangeiras como intérpretes, guardas ou de outro modo, e agora (...) têm medo e tentam abandonar o país", afirmaram os insurgentes em um comunicado.
"Mas ninguém deveria desertar do país", completa o texto.
Os talibãs exigiram que "expressem os seus remorsos por ações passadas e que não participem neste tipo de atividades no futuro, que equivalem a uma traição ao Islã e a seu país".
"Nós os considerávamos como o inimigo, mas uma vez que abandonem as fileiras do inimigo, se converterão em afegãos comuns em sua pátria e não deveria ter medo", afirma o comunicado, ao destacar que "não correm nenhum perigo" de sua parte.
"Porém, se invocam algum 'perigo' para obter o chamado asilo, é problema deles e não dos mujahedines", conclui a nota.
Com a retirada acelerada das tropas da Otan, milhares de tradutores e intérpretes das embaixadas e das forças militares ocidentais tentam obter um visto pelo temor de represálias dos insurgentes caso retornem ao poder.
Após um acordo entre os talibãs e os Estados Unidos, o presidente americano Joe Biden fixou para 11 de setembro o fim do processo de saída das tropas estrangeiras.
CABUL