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Estado de Minas SANTIAGO

Um milhão de peruanos votam pelo mundo para eleger um novo presidente


06/06/2021 17:47

Com inúmeras comunidades no mundo, um milhão de peruanos votaram do Chile ao Japão, passando pela Espanha e Estados Unidos, onde a disputada eleição presidencial entre a direitista Keiko Fujimori e o esquerdista Pedro Castillo mobilizou milhares de pessoas, preocupadas com a "democracia e estabilidade" do Peru.

Um dos países onde os cidadãos peruanos já votaram é o Japão, onde estão as raízes da família Fujimori e onde há pouco mais de 34.000 peruanos registrados para votar nos centros eleitorais montados em Tóquio, Nagoya, Fukuoka e Hiroshima.

Keiko Fujimori faz parte da influente comunidade japonesa no Peru, a segunda maior da América Latina atrás do Brasil.

Na capital do Chile, país vizinho ao Peru onde vive a maior comunidade de peruanos da região, foram registradas longas filas no centro de votação de Santiago e em outras cidades do país, onde não foi possível votar no primeiro turno de 11 de abril devido às restrições impostas pela pandemia.

"Pelas circunstâncias em que se encontra o Peru, temos que votar e que ganhe Keiko, porque ela tem um plano de governo, porque esse Castilo que surgiu do nada tem ideias de estatizar terras e doá-las aos camponeses. Se ele ganhar, será um retrocesso aos tempos de Velasco", afirmou à AFP Santiago Abel Saavedra, eleitor de 52 anos, referindo-se à ditadura do militar socialista Juan Velasco Alvarado (1968-1975).

Segundo analistas eleitorais, diante da eleição acirrada entre Fujimori e Castillo, a votação no exterior pode ser decisiva na contagem final.

Estão aptos a votar um milhão de peruanos que residem em 75 países, entre eles 117.000 dos 235.165 do Chile.

"Temos a obrigação de eleger um presidente porque há muito tempo não vemos mudanças no país e precisamos de mudanças", analisou Pedro Fuentes, um empresário peruano.

- Por "estabilidade" ou "mudança" -

A Espanha é outro dos países com uma colônia tão grande quanto a que vive no Chile e onde podem votar mais de 150.000 peruanos, metade deles registrados em Madri, onde vive o ganhador do Prêmio Nobel peruano Mario Vargas Llosa, outrora forte inimigo do pai de Keiko, o ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000), mas que agora pediu votos a favor da candidata de direita.

Eduardo Paredes, 37, vendedor de celulares, disse à AFP que está inclinado a votar em Fujimori em uma eleição entre dois candidatos "muito antagônicos".

A proposta de Fujimori implica que "haverá estabilidade econômica, onde todos os investimentos da América Latina virão para o Peru, sempre que ganhar e houver democracia", disse Paredes no centro de votação montado na capital espanhola.

María García, 58, uma empresária na Espanha, disse que apesar de ter deixado seu país há 11 anos, estava votando porque era "um momento muito polarizado".

Já Óscar Flores, um cantor de 77 anos, afirmou votar pela mudança. "Queremos que mude, não continue com as mesmas pessoas que nos deixaram pobres por toda a vida. Isso é o que peço como peruano, porque já estamos fartos, eles nos roubam e continuamos votando neles".

Os Estados Unidos, principal destino dos peruanos no exterior com uma comunidade de mais de 720 mil pessoas por todo o país, também registraram influxo de eleitores tanto no sul da Califórnia (oeste) quanto na Flórida (sul) e Nova York (leste).


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