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Estado de Minas EREVAN

Seis soldados armênios são capturados pelo Azerbaijão


27/05/2021 18:59 - atualizado 27/05/2021 19:02

Seis soldados armênios foram capturados pelo Azerbaijão nesta quinta-feira (27), no mais recente incidente na fronteira entre os dois países após a guerra que travaram no ano passado pela região separatista de Nagorno-Karabakh.

A captura dos soldados armênios ocorre em um momento delicado para o primeiro-ministro Nikol Pashinyan, porque no próximo mês a Armênia realiza eleições antecipadas.

Pashinyan afirmou que a situação é "tensa e explosiva" e ordenou o envio de observadores internacionais à fronteira entre Armênia e Azerbaijão.

O ministério da Defesa armênio explicou que suas forças estavam realizando uma operação em uma região fronteiriça quando o exército azerbaijano "cercou e capturou seis soldados".

O exército azerbaijano, por outro lado, afirmou que os soldados armênios eram, na verdade, um "grupo de reconhecimento e sabotagem" e que estavam "tentando minar algumas estradas de abastecimento de posições do exército azerbaijano", por isso foram "cercados, neutralizados e feitos prisioneiros".

"A situação é tensa e explosiva", declarou Pashinyan em sua visita à região de Gegharkunik, no leste, onde os militares foram capturados.

Em declarações separadas, durante uma reunião de seu conselho de segurança, o presidente sugeriu enviar observadores internacionais à fronteira entre ambos os países.

- "Provocações" -

Os Estados Unidos expressaram preocupação.

"Pedimos a ambas as partes que resolvam este incidente de forma urgente e pacífica", disse em um comunicado o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.

"Também pedimos novamente ao Azerbaijão que liberte imediatamente todos os prisioneiros de guerra e outros detidos", acrescentou Price, dizendo que Washington poderia considerar qualquer movimento na área de fronteira não delimitada como "provocativo e desnecessário".

Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores exortou ambas as partes a ter "moderação" e a evitar "provocações".

No ano passado, as duas partes se enfrentaram por seis meses pelo controle de Nagorno-Karabakh, uma região do Azerbaijão de população armênia e que pertenceu à Armênia por quase três décadas.

Cerca de 6.000 pessoas morreram no conflito, que terminou com um cessar-fogo mediado por Moscou e obrigou a Armênia a ceder para o Azerbaijão grandes áreas do território que controlava há décadas.

Embora o cessar-fogo seja globalmente respeitado, as tensões persistem.

Entre os territórios que passaram ao controle do Azerbaijão está o distrito de Kelbajar, vizinho da região de Gegharkunik.

Segundo um oficial do exército armênio, havia aproximadamente 1.000 soldados azerbaijanos no território armênio, perto de Gegharkunik.

- Eleições antecipadas -

Ele acrescentou que, até o momento, os incidentes foram resolvidos pacificamente, mas que "se decidirem usar a força, então serão destruídos".

O Azerbaijão acusa a Armênia de ter implantado tanques na região.

Segundo Yerevan (capital da Armênia) um de seus soldados morreu nesta semana em um tiroteio com as forças azerbaijanas, mas Baku nega qualquer responsabilidade no incidente.

Antes disso, também neste mês, a Armênia acusou as forças armadas do Azerbaijão de terem cruzado sua fronteira sul com o objetivo de "bloquear" um lago compartilhado pelos dois países.

Essa escalada chega a poucas semanas das eleições parlamentares antecipadas da Armênia, em 20 de junho.

As eleições foram convocadas pela pressão dos manifestantes da oposição, que exigem há meses a renúncia de Pashinyan, a quem culpam pela derrota da Armênia no conflito de Nagorno-Karabakh.


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