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Estado de Minas VIENA

AIEA estende por um mês acordo de vigilância do programa nuclear do Irã


24/05/2021 11:14 - atualizado 24/05/2021 11:19

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) anunciou, nesta segunda-feira (24), ter prolongado por um mês o acordo técnico com o Irã referente ao monitoramento de seu programa nuclear, uma extensão considerada bem-vinda pelas grandes potências que negociam atualmente em Viena.

"As atividades de supervisão e verificação continuarão no marco atual, durante um mês, e expiram em 24 de junho", declarou o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, em uma entrevista coletiva na sede da agência, em Viena.

Em fevereiro passado, o Irã limitou o acesso dos inspetores a algumas seções, mas a AIEA obteve uma "solução temporária" para garantir um certo grau necessário de vigilância.

Desde então, Teerã também se recusa a fornecer, em tempo real, as gravações das câmeras e outras ferramentas das instalações nucleares.

"O equipamento continua estando sob custódia da agência", frisou Grossi.

"Os dados não serão apagados, é um aspecto importante", completou.

O Irã se comprometeu a entregar todas as informações demandadas, quando as sanções aplicadas pelos Estados Unidos forem suspensas.

Até lá, as informações "continuarão em poder da Organização Iraniana de Energia Atômica (OIEA) e não serão transferidas para a AIEA", alertou Kazem Gharibabadi, embaixador do Irã na Agência Internacional de Energia Atômica, segundo declarações citadas pela agência oficial iraniana Irna.

"Não é o ideal", admitiu Grossi. "É uma medida de emergência, (...) um remédio paliativo para evitar navegar às cegas".

Por sua vez, Gharibabadi apelou aos países participantes nas discussões iniciadas no início de abril na capital austríaca "a aproveitar esta oportunidade para suspender completamente as sanções".

Objetivo: trazer Washington de volta ao acordo de 2015 e cancelar as sanções americanas, em troca de um retorno de Teerã ao estrito cumprimento de suas obrigações nucleares.

O pacto, que buscava impedir que Teerã desenvolvesse uma bomba atômica, viu-se duramente afetado pela saída unilateral dos Estados Unidos em 2018 e pela retomada de sanções por parte do governo de Donald Trump.

Os diplomatas têm, agora, um mês para superar as diferenças entre Estados Unidos e Irã, que negociam indiretamente por mediação europeia.

Os demais participantes (China, Rússia, França, Grã-Bretanha e Alemanha) relataram na semana passada "avanços tangíveis", estimando que um acordo "estava tomando forma".

Evocaram também uma atmosfera "construtiva" após um início perturbado por uma explosão na usina de enriquecimento de Natanz (centro), atribuída pelo Irã a Israel.

Os esforços para impulsionar o acordo nuclear dependem de uma "decisão política" dos Estados Unidos, declarou Teerã nesta segunda-feira, depois que Washington manifestou dúvidas sobre a vontade de Teerã de chegar a bons termos.


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