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Estado de Minas ABUJA

Morre em queda de avião comandante do Exército da Nigéria, que luta contra o jihadismo


21/05/2021 22:16

O comandante do Exército nigeriano, tenente-general Ibrahim Attahiru, morreu nesta sexta-feira com outros 10 oficiais na queda de um avião militar perto do aeroporto de Kaduna, norte do país, que enfrenta rebeliões jihadistas.

O militar, 54 anos, havia sido nomeado comandante em janeiro pelo presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, muito criticado pela piora da segurança no país mais populoso da África, causada, principalmente, pela rebelião jihadista.

Outros 10 oficiais morreram no acidente, "que ocorreu logo após a decolagem, devido ao mau tempo", informou o Exército, anunciando a abertura de uma investigação.

"É um golpe fatal, no momento em que nossas Forças Armadas estão prestes a pôr fim aos desafios que envolvem a segurança", declarou o presidente Buhari, que expressou "profunda tristeza".

O Exército nigeriano combate a rebelião jihadista no nordeste do país desde 2009, conflito que já causou mais de 40.000 mortes e levou ao deslocamento de mais de 2 milhões de pessoas.

- Líder do Boko Haram -

O Exército da Nigéria é muito criticado por sua incapacidade de conter a violência no país, principalmente a dos jihadistas. Há anos, tenta dominar o líder do Boko Haram, Abubakar Shekau.

Jihadistas do grupo Estado Islâmico na África Ocidental (Iswap, sigla em inglês) cercaram nesta quarta-feira a casa onde Shekau se encontrava, na floresta de Sambisa. Segundo fontes ligadas ao serviço de inteligência, o líder ficou gravemente ferido ao tentar se suicidar para não ser capturado pelos jihadistas rivais, vinculados ao Estado Islâmico. Uma das fontes afirmou esta noite à AFP que Shekau não resistiu aos ferimentos e morreu ontem.

Um morador da aldeia de Nainawa, localizada na floresta, confirmou à AFP ter visto a chegada, na noite de ontem, de cerca de 20 veículos do Boko Haram, um deles transportando um corpo. "Soubemos hoje que era de Shekau, que morreu ontem e foi enterrado à noite", indicou.

Nem o Boko Haram, nem o Iswap, anunciaram a morte de Shekau, mas a imprensa local e especialistas nigerianos naquela região a dão como certa. Se confirmada, ela representaria um golpe para o Boko Haram, mas não significaria o fim da rebelião jihadista.

A tomada do reduto de Shekau poderia permitir ao Iswap, que se tornou o grupo mais poderoso da região, consolidar-se naquele território e realizar ataques ainda mais sofisticados contra o Exército da Nigéria.


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