Desde o estabelecimento da paz com a guerrilha FARC em 2016, os assassinatos aumentaram, mas em meio à pandemia os defensores de garantias básicas "ficaram ainda mais desprotegidos e expostos à violência", disse a organização em seu relatório anual.
Os agressores aproveitaram o confinamento rigoroso em vigor no país entre março e setembro para encontrar suas vítimas "em locais próximos à sua residência ou dentro dela", o que evidencia "a ineficácia das políticas" do governo para protegê-las, diz a ONG.
No total, 199 defensores dos direitos humanos e líderes sociais foram assassinados em 2020, um aumento de 60,4% em comparação com 2019.
Os departamentos com maior número de casos foram Cauca (52), Antioquia (23) e Nariño (22), todos com alta presença militar.
Segundo a ONG Somos Defensores, a maioria dos homicídios se encontra na impunidade. Desde 2016, a Promotoria conseguiu condenações em 16% dos 417 casos que investiga, destaca.
A Colômbia é um dos países mais perigosos do mundo para se exercer o ativismo, de acordo com ONGs como Global Witness.
Em novembro de 2020, a então ministra do Interior, Alicia Arango, reconheceu no Congresso a "fraca presença e capacidade do Estado em resolver esses assassinatos infelizes".
BOGOTÁ