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Estado de Minas NAÇÕES UNIDAS

Ataques contínuos entre Israel e palestinos são 'inaceitáveis', diz chefe da ONU


20/05/2021 13:17

As agressões contínuas entre Israel e os palestinos são "inaceitáveis", disse nesta quinta-feira (20) à Assembleia Geral da ONU o secretário-geral do organismo, Antonio Guterres.

"Estou profundamente chocado com o contínuo bombardeio aéreo e de artilharia pelas Forças de Defesa de Israel em Gaza", que matou pelo menos 232 palestinos, incluindo 65 crianças, afirmou.

Guterres acrescentou que "o contínuo lançamento indiscriminado de foguetes pelo Hamas e outros grupos militantes em centros populacionais de Israel", que deixou "pelo menos 12 mortos, incluindo duas crianças", "é igualmente inaceitável".

"Se existe um inferno na terra, são as vidas das crianças em Gaza", ressaltou.

A reunião da Assembleia Geral, da qual participam uma dezena de ministros, foi convocada a pedido do Níger e da Argélia, atuais presidentes da Organização para a Cooperação Islâmica e do Grupo Árabe nas Nações Unidas, respectivamente.

"É imperativo conseguir a redução da escalada, para evitar uma crise humanitária e de segurança transfronteiriça incontrolável", avaliou.

"Devemos trabalhar para que as negociações sejam retomadas" para alcançar "uma solução de dois Estados baseada nas linhas de demarcação de 1967", com Jerusalém a capital dos dois países, repetiu o chefe da ONU.

Na quarta-feira, seu porta-voz afirmou que, embora Guterres mantenha contato com os palestinos desde o início dos confrontos - 10 dias atrás -, ele ainda não teve contato com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, sem explicar o porquê.

Denunciando os danos causados pelos bombardeamentos aéreos "em vários hospitais", o chefe da ONU também protestou contra a destruição dos escritórios de meios de comunicação e a morte de um jornalista em Gaza, qualificando ambos os acontecimentos como "extremamente preocupantes".

"Estou profundamente entristecido pelos danos causados às instalações das Nações Unidas em Gaza", sublinhou Guterres, considerando que "as instalações humanitárias devem ser respeitadas e protegidas".

Quanto à ajuda humanitária, indicou que será lançado um apelo para doações "assim que possível", especificando que a ONU fornecerá 14 milhões de dólares "em benefício dos territórios palestinianos ocupados".

"Não há justificativa, incluindo a luta contra o terrorismo ou a autodefesa, para que as partes em conflito abdiquem de suas obrigações sob o Direito Internacional Humanitário", insistiu.

"Também estou profundamente preocupado com os contínuos confrontos violentos entre as forças de segurança israelenses e os palestinos em toda a Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental, onde várias famílias palestinas estão ameaçadas de despejo", disse o secretário-geral.

Essa ameaça de despejo foi um dos gatilhos para o conflito que começou em 10 de maio.


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