"O uso da ajuda humanitária como arma de guerra constitui uma grave violação do direito internacional humanitário e põe em perigo a vida de milhões de pessoas", advertiram em um comunicado o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, e o comissário da UE para situações de emergência, Janez Lenarcic.
Os obstáculos afetam "a capacidade da ajuda de chegar às áreas rurais, onde a crise humanitária é mais grave", acrescentaram.
Pelo menos 5,2 milhões dos 5,7 milhões de habitantes de Tigré precisam de ajuda alimentar de emergência, disseram.
De acordo com Borrell e Lenarcic, "assistência imediata e em grande escala deve ser fornecida para prevenir a fome. Os responsáveis por bloquear deliberadamente o acesso de ajuda serão responsabilizados".
Tigré é palco de confrontos desde o início de novembro de 2020, na sequência da decisão do primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, de enviar o exército do seu país para expulsar a Frente de Libertação do Povo Tigré (TPLF), partido que então liderava a região.
Em dezembro, a Comissão Europeia suspendeu o pagamento de cerca de 90 milhões de euros (110 milhões de dólares) em ajuda orçamentária à Etiópia, depois que Adis Abeba não garantiu o acesso humanitário total a Tigré.
BRUXELAS