O recurso apresentado pelos advogados da Associação dos Palestinos em Île-de-France contra a proibição deve ser examinado na tarde desta sexta-feira, disseram os advogados à AFP.
Eles esperam obter uma resposta antes de sábado.
"A França é a única democracia a proibir uma manifestação assim!", declarou um dos advogados, Sefen Guez Guez, denunciando um atentado à liberdade de expressão "totalmente desproporcional" e de caráter "político", visto que a decisão foi "tomada a pedido do ministro do Interior, Gérald Darmanin".
O chefe da polícia de Paris, Didier Lallement, alegou "um risco grave" de "perturbação grave da ordem pública" para justificar a proibição, além de "ataques contra sinagogas e a interesses israelenses".
Assim como Darmanin, também se referiu a uma manifestação pró-palestinos, em 2014, que terminou em distúrbios significativos.
"Desde 2014, houve muitas manifestações em defesa da causa palestina que transcorreram sem qualquer problema", rebateu Guez Guez.
Em um primeiro momento, a manifestação deveria comemorar a Nakba, o êxodo de centenas de milhares de palestinos após a criação do Estado de Israel, em 1948. Diante da violência em Israel e na Faixa de Gaza nos últimos dias, as autoridades suspeitam de que a participação na marcha possa ser muito maior do que se antecipava.
O ministro do Interior pediu aos chefes de polícia de outras cidades que acompanhem de perto as marchas convocadas e as proíbam, se necessário, para proteger os locais frequentados pela comunidade judaica.
PARIS