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Estado de Minas BOGOTÁ

Dois manifestantes morrem na Colômbia após passar dias em estado crítico


11/05/2021 13:58

Dois homens morreram após passar vários dias em estado crítico devido aos ferimentos sofridos durante as manifestações antigovernamentais que eclodiram na Colômbia em 28 de abril, informaram autoridades nesta terça-feira (11).

Lucas Villa, um universitário de 37 anos que deu cara aos protestos que deixaram quase trinta mortos e que foram violentamente interrompidos pela polícia, recebeu vários disparos em uma marcha pacífica na cidade de Pereira (centro) no dia 5 de maio.

Os médicos declararam sua morte encefálica e nesta terça-feira a família anunciou a morte do ativista e professor de yoga.

O presidente Iván Duque lamentou a morte. "Repito o que falei com o Mauricio, seu pai, que esta é a oportunidade de nos unirmos e expressar nosso repúdio à violência. Aos responsáveis, todo o peso da lei", escreveu no Twitter.

O ataque foi gravado em vídeo no qual Villa aparece se aproximando de um caminhão. Tiros são ouvidos ao fundo e então ele é visto ensanguentado no chão. Dois outros manifestantes ficaram gravemente feridos no incidente, de acordo com a polícia, que não divulgou nenhuma informação sobre os autores do ataque.

O segundo caso ocorreu em 1º de maio em Bogotá.

De acordo com a ONG Lazos de Dignidad, que se expressou por meio do Twitter, Alejandro Zapata, de 20 anos, "foi gravemente ferido por integrantes da Esmad" (esquadrão de choque) durante uma manifestação naquele dia no sul da cidade.

"Ele estava em coma induzido", informou a organização em outro tweet.

A prefeita Claudia López ressaltou que Zapata é a primeira vítima mortal em Bogotá em 13 dias de agitação social.

"Uma ONG afirma que (o ataque) foi durante o protesto e, como tal, vamos investigá-lo", acrescentou López no Twitter.

Segundo a Defensoria Pública, ao menos 27 pessoas morreram nos protestos que tiveram início contra o aumento de impostos planejados pelo governo por meio de um projeto legislativo, com intuito de amenizar o impacto devastador da pandemia.

O governo cedeu à pressão nas ruas e retirou a proposta, mas a repressão às mobilizações aumentou o descontentamento em um país empobrecido pela covid-19 e que enfrenta o aumento da violência no campo contra centenas de lideranças sociais e ex-combatentes da guerrilha, que entrou em acordo de paz em 2016, em meio ao auge do tráfico de drogas.

As ONGs Temblores e Indepaz declararam a ocorrência de 47 mortes, "39 delas por causa da violência policial". Por sua vez, o Ministério da Defesa informou sobre quase mil feridos, entre civis e policiais.

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