Após várias consultas realizadas à tarde sobre a possibilidade de se publicar um texto comum pedindo uma desescalada, vários diplomatas afirmaram à AFP que nenhum comunicado deve ser divulgado nesta segunda.
Pela manhã, os Estados Unidos tinham informado aos outros 14 membros do Conselho, em uma reunião por videoconferência realizada a portas fechadas, "trabalhar nos bastidores" para acalmar a situação e disseram "não estar certos de que a esta altura um comunicado possa ajudar".
"Os Estados Unidos estão comprometidos de forma construtiva a garantir que toda ação do Conselho de Segurança contribua para atenuar as tensões", limitou-se a afirmar durante a tarde um porta-voz da missão americana na ONU.
Na reunião celebrada a pedido de Tunísia, Noruega, China e a própria Tunísia haviam apresentado um projeto de declaração reivindicando "que Israel interrompa as atividades de colonização, demolição e expulsão" de palestinos "incluindo em Jerusalém Oriental", segundo o documento ao qual a AFP teve acesso.
A proposta de declaração expressava a "profunda preocupação" do Conselho com os incidentes e solicitava às partes que evitassem "medidas unilaterais que exacerbem as tensões e minem a viabilidade da solução de dois Estados".
Também solicitava "mostrar moderação, se abster de toda provocação e manter e respeitar o status quo histórico nos locais santos".
Um dos fatores de tensão em Jerusalém Oriental é o destino das famílias palestinas que estão ameaçadas de ser despejadas do bairro de Sheikh Jarrah para beneficiar o assentamento de colonos judeus.
Nesta segunda, a tensão se intensificou com os disparos de foguetes de Gaza em direção a Israel e os ataques mortais do exército israelense contra o Hamas, em uma das escaladas de violência mais importantes dos últimos anos.
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