A instalação é obra de Pascal Convert, que junto com cerca de trinta artistas contemporâneos participam da exposição "Napoleão? Outra vez!" no recinto do Les Invalides.
O projeto, dirigido por dois anos por Eric de Chassey, diretor do Instituto Nacional de História da Arte (INHA), dá aos artistas total liberdade para se expressarem na diversidade.
A maioria das obras foi criada especialmente para a mostra.
Pascal Convert adotou um antigo rito mencionado por Heródoto que queria que cavalos acompanhassem seu cavaleiro na morte, reconstituindo em 3D o esqueleto do puro-sangue, preservado no Museu do Exército Nacional em Londres.
Marengo se tornou o cavalo favorito de Napoleão, que o montou em várias batalhas até Waterloo, em 1815, onde foi capturado pelas tropas de Wellington.
"Eu sabia que esse trabalho poderia causar mal-entendidos, mas é tudo, menos desrespeitoso", explica Eric de Chassey à AFP.
"Paradoxalmente, isso permite uma forma de reabilitação para Napoleão. A realidade da guerra é a morte. Desde os tempos antigos temos essa imagem de guerreiros que sobem ao céu a cavalo. Em túmulos antigas, o cavaleiro era sepultado com seu cavalo", destaca.
As críticas vêm de associações e partidários do imperador.
"Grotesco e chocante", comenta o historiador Pierre Branda, membro da Fundação Napoleão, em um artigo publicado pelo jornal Le Figaro.
PARIS