Embora o reino saudita tenha sido o primeiro país estrangeiro que o primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, visitou após sua eleição em 2018, Riade parecia frustrada com Islamabad no ano passado.
E embora a rica nação tenha apoiado o Paquistão com bilhões de dólares em ajuda e empréstimos nos últimos anos, observadores dizem que o reino também não quer incomodar a Índia, um importante parceiro de negócios e importador de petróleo saudita.
O príncipe herdeiro saudita, Mohammed Bin Salman, e Khan, que chegaram na sexta-feira para uma visita de três dias, mantiveram conversas nas quais enfatizaram "a importância de expandir e intensificar os horizontes de cooperação".
A agência de notícias estatal do país acrescentou que representantes de ambos os países assinaram dois acordos na cidade de Jeddah, no oeste do país, que abordam o tratamento de criminosos e do crime.
Eles também aprovaram dois memorandos de entendimento sobre o combate ao tráfico de drogas; além do financiamento de projetos de energia, infraestrutura, transporte, água e comunicações.
As nações concordaram ainda em estabelecer um conselho superior de coordenação.
Durante sua viagem, Khan - que já visitou o país seis vezes, a última delas em dezembro de 2019 - focará em melhorar os laços com Riade e nas necessidades dos cerca de 2,5 milhões de paquistaneses que trabalham na Arábia Saudita.
No ano passado, o reino recuperou 1 bilhão de dólares de um empréstimo de 3 bilhões para o Paquistão, e uma linha de crédito de petróleo multibilionária para Islamabad não foi renovada, contou uma fonte diplomática à AFP em setembro.
Antes disso, o Paquistão havia rejeitado os apelos para enviar tropas terrestres para apoiar a conturbada campanha militar liderada pelos sauditas contra os rebeldes houthis do Iêmen.
JIDÁ