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Estado de Minas WASHINGTON

Biden quer vacinar mais adultos contra a COVID-19 e incluir adolescentes

Em um discurso na Casa Branca, Biden também definiu a meta de 160 milhões de americanos totalmente vacinados até 4 de julho


04/05/2021 20:38 - atualizado 04/05/2021 20:52

Joe Biden anunciou que deseja que 70% dos adultos em seu país tenham recebido ao menos uma dose da vacina para a COVID-19 (foto: AFP)
Joe Biden anunciou que deseja que 70% dos adultos em seu país tenham recebido ao menos uma dose da vacina para a COVID-19 (foto: AFP)
 

Enquanto o Brasil segue com dificuldades para prosseguir com sua vacinação, o presidente americano, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira (4) que deseja que 70% dos adultos em seu país tenham recebido ao menos uma dose da vacina para a covid-19 antes do 4 de julho, e que deseja incluir adolescentes na campanha de imunização.


Sua intenção de vacinar adolescentes é uma medida polêmica para muitos especialistas, que argumentam que é um grave erro usar um número limitado de doses no mundo em uma população de baixo risco à medida que a pandemia aumenta em países como Índia e Brasil.

Em um discurso na Casa Branca, Biden também definiu a meta de 160 milhões de americanos totalmente vacinados até 4 de julho na terça-feira.

A farmacêutica americana Pfizer e sua parceira alemã BioNTech disseram em março que sua vacina de duas doses havia se mostrado segura e altamente eficaz em um teste com 2.260 jovens de 12 a 15 anos.

Enquanto espera por uma autorização para seu uso emergencial nos próximos dias nos Estados Unidos, Biden afirmou a repórteres na Casa Branca que as autoridades estão "prontas para agir imediatamente" assim que obtiverem a permissão.

Mais de 56% dos adultos nos EUA receberam uma ou duas doses dos imunizantes, mas o número diário de vacinados está caindo e as autoridades precisam reajustar sua estratégia para alcançar os indiferentes e céticos à imunização.

No lugar dos enormes postos de vacinação nos estádios, as autoridades agora estão apostando nas clínicas móveis e no aumento do número de postos de vacinação mais próximos aos moradores.

O governo federal também está trabalhando em um programa com farmácias e pediatras de todo o país para chegar aos cerca de 17 milhões de jovens de 12 a 15 anos no país, antes que as escolas reabram no outono.

- "Um erro terrível" -

"Sabemos que a grande maioria dos jovens de 15 anos não corre alto risco de complicações graves por causa da covid", ressaltou o médico intensivista Craig Spencer, diretor de Saúde Global em Medicina Intensivista da Universidade de Columbia.

"Ela está causando estragos em todo o mundo e estamos falando sobre como vamos vacinar uma população de muito baixo risco, quando a esmagadora maioria dos profissionais de saúde em todo o mundo têm proteção zero", acrescentou.

Priya Sampathkumar, diretora de Prevenção e Controle de Infecções da Clínica Mayo, em Minnesota, observou que, além de se tratar de uma questão ética, exportar mais vacinas é o melhor para os Estados Unidos.

"Vacinar mais pessoas nos Estados Unidos não vai nos ajudar se as variantes na Índia, Nepal e Sul da Ásia saírem do controle e chegarem às nossas costas", explicou à AFP.

Os Estados Unidos prometeram liberar até 60 milhões de doses da vacina AstraZeneca, mas os especialistas acreditam que muito mais pode ser feito sobre o assunto.

"Acho que se você vacinar jovens de 12 a 15 anos nos Estados Unidos antes de vacinar os de 70 em todo o mundo está cometendo um erro terrível", defendeu Vinay Prasad, médico e epidemiologista da Universidade da Califórnia em San Francisco.

A experiência de Israel mostrou que é possível alcançar uma "redução notável" de casos sem incluir a vacinação nos adolescentes, acrescentou.

Sampathkumar explicou que o principal motivo em se vacinar adolescentes é reduzir a transmissão, meta com a qual concorda, ainda que com a diminuição dos casos nos Estados Unidos, conseguir isso é uma questão de tempo.

As estatísticas mostram que as crianças correm um risco extremamente baixo de contrair formas graves da covid-19.

Nos Estados Unidos, 277 crianças menores de 18 anos morreram da doença, de acordo com os últimos dados oficiais, um pequeno número frente ao total de 574.000 mortos pela doença.

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