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Estado de Minas HAVANA

Polícia cubana impede simpatizantes de ver artista dissidente em greve de fome


30/04/2021 22:21

Dezenas de pessoas tentaram nesta sexta-feira chegar à casa do artista dissidente cubano Luis Manuel Otero Alcántara, que está em greve de fome, mas foram impedidas por agentes de segurança, que prenderam algumas delas, segundo um vídeo divulgado nas redes sociais pelo Movimento São Isidro (MSI).

Otero Alcántara, 33, cumpre o sexto dia de greve de fome sozinho em casa, no bairro carente de San Isidro, Havana Velha. Seu objetivo é denunciar o confisco de suas obras por agentes de segurança.

O estatal Noticiero Nacional de Televisión acusou o MSI, coletivo de contestação formado por artistas e universitários, de tentar manipular a situação politicamente. O veículo apontou Otero como tendo recebido do exterior instruções para fazer a greve de fome, e de ser financiado pelo think tank Instituto Nacional Democrata, com sede em Washington.

Ramón Suárez Polcari, chanceler da arquidiocese de Havana disse à AFP que à tarde conseguiu entrar na residência de Otero e tentou convencê-lo a desistir da greve, sem conseguir.

"Foi ele quem abriu a porta e nos sentamos para conversar, parecia um pouco esgotado, é lógico", disse ao assinalar que conversaram por cerca de uma hora.

Amaury Pacheco, membro do MSI, havia dito no Twitter que Otero não conseguia ficar de pé, "não urina e não fala".

As imagens divulgadas mais cedo mostram policiais indo atrás de um homem com um cartaz, e um grupo de pessoas que pede para ver Otero Alcántara enfrentando policiais e agentes à paisana para evitar a prisão de companheiros. Os simpatizantes do artista tentavam se aproximar de sua residência para verificar seu estado de saúde.

No mesmo bairro, integrantes e simpatizantes do MSI se reuniram meses atrás, o que deu lugar a uma manifestação de 300 artistas e intelectuais para pedir liberdade de expressão, algo inédito na ilha.

"Dezenas de artistas, jornalistas e ativistas cubanos detidos, sob vigilância ou confinados para silenciar seu apoio a @LMOAlcantara. Os Estados Unidos estão com todos os que defendem a liberdade de expressão e reunião em Cuba", tuitou o Escritório de Democracia, Direitos Humanos e Trabalho dos Estados Unidos, em mensagem compartilhada por sua embaixada em Havana.

"Os Estados Unidos estão com todos os que defendem a liberdade de expressão e reunião em Cuba", acrescentou.

A presidente da subcomissão de Direitos Humanos do Parlamento Europeu, María Arena, condenou os fatos. "A perseguição ao @Mov_sanisidro e a outros manifestantes pacíficos em Cuba deve terminar", tuitou.


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