Estes são os primeiros envios desde que o Parlamento sul-coreano aprovou em dezembro passado uma lei que proíbe a prática.
O grupo "enviou 500.000 panfletos, 500 livros e 5.000 dólares em dinheiro" em dez balões, lançados em duas ocasiões perto da zona desmilitarizada entre 25 e 29 de abril, relatou Park Sang-hak, presidente dos Combatentes por uma Coreia do Norte livre, grupo responsável pelas operações.
Enviados em balões, ou através de flutuadores nos rios da zona desmilitarizada que divide a península, este material de propaganda é, há muito, usado por militantes do Sul para denunciar o regime de Kim Jong-un e fazer suas mensagens chegarem aos habitantes do Norte.
Essas práticas despertam a ira de Pyongyang, que as criticou com violência. Para manter a pressão diplomática, seu governo não hesitou em suspender um projeto de comunicação fronteiriça.
O Parlamento sul-coreano votou rapidamente uma lei que proíbe o envio para o Norte de panfletos, ou de pendrives. Este método costuma ser usado para transferir informações do exterior para um país praticamente isolado do mundo.
Aqueles que infringirem a lei podem ser condenados a uma pena de três anos de prisão, ou a pagar uma multa de 30 milhões de wons (em torno de US$ 26.800).
A lei gera polêmica sobre o respeito à liberdade de expressão, e os Estados Unidos - um aliado da Coreia do Sul - disseram que coloca um "problema importante em matéria de direitos humanos", conforme relatório publicado em março.
Os norte-coreanos "têm o direito de saber a verdade, ainda que seus direitos humanos sejam violados pelo regime", declarou Park, criticando a lei que, segundo ele, "amordaça" os sul-coreanos.
SEUL