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Estado de Minas OTTAWA

Canadá vai revisar abordagem em denúncias de má conduta sexual nas Forças Armadas


29/04/2021 16:34

A ex-promotora do Tribunal Penal Internacional, Louise Arbor, foi designada, nesta quinta-feira (29), para revisar o tratamento das alegações de má conduta sexual nas forças armadas canadenses, incluindo reclamações contra dois ex-chefes militares.

O ministro da Defesa, Harjit Sajjan, anunciou que a ex-juíza da Suprema Corte e ex-comissária da ONU para os Direitos Humanos também faria recomendações para estabelecer um sistema de denúncias fora da cadeia de comando militar.

"Está claro que não cumprimos nossa responsabilidade de proteger os membros de assédio e má conduta", disse Sajjan em coletiva de imprensa.

É "fundamental", afirmou, que os militares construam "uma verdadeira cultura de inclusão, onde todos sejam tratados com dignidade e respeito".

"Estamos comprometidos com uma mudança duradoura, eliminando os valores, práticas e políticas tóxicas e desatualizadas que têm prejudicado nosso povo", acrescentou.

Durante meses, as alegações de má conduta sexual nas Forças Armadas abalaram o autoproclamado "governo feminista" do primeiro-ministro Justin Trudeau, à medida que os partidos da oposição buscavam clareza sobre as ações em relação ao alegado comportamento impróprio do ex-general Jonathan Vance com seus subordinados.

Vance, que se aposentou em janeiro antes das denúncias se tornarem públicas, negou as acusações.

Semanas depois, seu sucessor, o almirante Art McDonald, também se afastou após o início de uma investigação sobre as acusações contra ele.

A revisão de Arbour ocorre cinco anos depois que uma força-tarefa anterior procurou acabar com as condutas sexuais impróprias nas forças armadas.

Foi baseado em um relatório de outro juiz aposentado da Suprema Corte que, em 2015, concluiu que os militares tinham "um ambiente hostil às mulheres (...) propício a incidentes mais graves de assédio sexual e agressão".

Desde a criação dessa força-tarefa, os militares relataram 581 agressões sexuais e 221 incidentes de assédio sexual, segundo informações fornecidas esta semana à Câmara dos Comuns.

Cerca de 4.600 atuais e ex-soldados também buscaram reparação por meio de uma ação coletiva de um bilhão de dólares canadenses, encerrada em 2019.


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