"Os setores mais afetados pela pandemia continuam fragilizados, mas mostraram uma melhora", destacaram os encarregados do organismo em um comunicado.
Eles informaram, ainda, que "a inflação aumentou, sobretudo por fatores transitórios" e as taxas de juros de referência foram mantidas entre 0% e 0,25%.
"Com o avanço da vacinação e um forte estímulo fiscal, os indicadores de atividade econômica e de emprego se fortaleceram", informou o FOMC após dois dias de reunião.
Segundo o FOMC, a pandemia é um fator-chave para as perspectivas da economia. A "crise sanitária em curso continua pesando na economia e os riscos persistem".
No mês passado, o Fed usou o termo "riscos consideráveis".
- Inflação sobe, taxas continuam baixas -
Em um contexto de preços em alta, o comunicado reiterou que o Fed continuará com suas medidas de estímulo até alcançar o "máximo emprego" e uma inflação de 2% ou algo mais "por certo tempo".
A inflação deveria superar os 2% anuais nos Estados Unidos em 2021, mas este algarismo não será suficiente para que o Fed aumente suas taxas de juros, declarou o presidente da entidade, Jerome Powell, em coletiva de imprensa após o encerramento do encontro.
"Uma alta temporária acima de 2% este ano não responde aos critérios" definidos para considerar uma alta das taxas de juros, disse Powell, acrescentando que os Estados Unidos estão "longe ainda do pleno emprego".
O Fed vai alterar suas taxas ultrabaixas de juros quando a inflação se estabilizar por um tempo perto dos 2% e o mercado de trabalho estiver em seu nível máximo, reforçou.
Em março, a inflação medida pelo índice PCE, que o Fed considera e será publicado nesta sexta, deveria alcançar 0,5% depois do 0,2% de fevereiro, segundo prognósticos dos analistas.
A decisão de manter as taxas ultrabaixas foi aprovada por unanimidade.
Taxas de juros baixas fomentam o consumo, a tomada de créditos e o investimento.
O Fed continuará comprando bônus do Tesouro à razão de 80 bilhões de dólares por mês e títulos atrelados à dívida hipotecária por 40 bilhões de dólares por mês.
Em seu comunicado, o FOMC não informou quando será possível diminuir estas compras de ativos que sustentam a atividade, influenciando na baixa das taxas de longo prazo.
WASHINGTON