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Estado de Minas DAMASCO

Síria terá ao menos 51 candidatos a suceder Assad nas presidenciais de maio


28/04/2021 19:13 - atualizado 28/04/2021 19:14

Ao menos 51 pessoas apresentaram suas candidaturas para as eleições presidenciais de 26 de maio na Síria, nas quais a vitória de Bashar Al-Assad, no poder há duas décadas, parece indiscutível.

O Parlamento sírio teve até esta quarta-feira (28) para finalizar a lista de candidatos. Segundo a agência oficial de notícias Sana, 51 pessoas manifestaram interesse, das quais ao menos sete são mulheres.

De todas elas, restará apenas um pequeno número. Para ser oficialmente candidato na Síria, é necessário obter apoio de ao menos 35 deputados de um total de 250 do Parlamento, que praticamente apoia Assad com unanimidade, afirmou o secretário-geral do órgão legislativo, Sallum al-Sallum, citado pelo jornal Al Watan.

"O processo pelo qual os deputados aprovam os candidatos às eleições presidenciais terminou", reportou a agência de notícias Sanaa no final da tarde desta quarta-feira.

Não se sabe quando será divulgada a lista definitiva de candidatos para essas eleições, classificadas pelos críticos de Assad como simulação de democracia.

Damasco convidou deputados de aliados como Rússia, Irã, China, Venezuela e Cuba para que atuem como observadores no processo eleitoral, informou a agência Sana.

Em Nova York, membros ocidentais do Conselho de Segurança da ONU, sob a recomendação dos Estados Unidos, França e Reino Unido, rejeitaram antecipadamente o resultado da eleição.

"O fracasso em adotar uma nova Constituição é a prova de que as eleições de 26 de maio serão uma farsa", declarou a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield.

No entanto, o representante russo nas Nações Unidas, Vasily Nebenzya, considerou que este tipo de declaração constitui "ingerência inaceitável nos assuntos internos da Síria".

Essas eleições serão as segundas desde o início da guerra em 2011, um conflito devastador que provocou mais de 388.000 mortes e deslocou a metade da população síria.

Com a exceção de Assad, os candidatos são desconhecidos e pela primeira vez há mulheres na disputa.

A lei eleitoral exige a qualquer candidato ter vivido na Síria durante um período de 10 anos consecutivos no momento de apresentar sua candidatura, o que exclui diretamente todas as personalidades da oposição no exílio.

Em 2014, Assad ganhou as eleições com mais de 88% dos votos. Naquela ocasião, houve só dois candidatos no final.

O presidente chegou ao poder em 2000 por referendo, após a morte de seu pai, Hafez Al-Assad, que por sua vez presidiu o país por três décadas.

As presidenciais de maio acontecerão em meio a uma grande crise econômica, na qual a moeda nacional afundou em relação ao dólar e a inflação disparou.


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