O pesquisador de 53 anos, especialista em sufismo, "foi condenado a três anos" pelo tribunal de Sidi M'hamed, declarou à AFP um de seus advogados, Moumen Chadi, que se declarou "comovido" com a gravidade da pena.
Questionado na saída do tribunal, Djabelkhir, também surpreso com a pena rígida, disse que vai recorrer.
O condenado, que ainda não foi preso, disse que continuará sua luta "pela liberdade de consciência, de opinião e de expressão".
O especialista em sufismo --uma corrente mística e esotérica do Islã-- foi denunciado por sete advogados e por outro universitário por "ofensa aos preceitos do Islã e aos ritos muçulmanos".
Said Djabelkhir é criticado por ter escrito que o sacrifício do cordeiro --uma tradição muçulmana -- existia antes do Islã, e por ter criticado algumas práticas, como o casamento de certas meninas novas em algumas sociedades muçulmanas.
A lei argelina castiga com penas de três a cinco anos de prisão multa quem "ofende o profeta ou difama o dogma ou os preceitos do Islã, seja por via escrita, declaração ou outro meio".
Durante seu julgamento em 1º de abril, o islamologista negou ter "ofendido" o Islã, religião do Estado na Argélia, e afirmou que foram apenas "reflexões acadêmicas".
Said Djabelkhir já teve várias polêmicas com religiosos que têm uma visão fundamentalista do Islã.
ARGEL