Mais de 20 navios de guerra russos participaram em exercícios conjuntos com a aviação e a defesa antiaérea, segundo um comunicado do ministério da Defesa. Mais de 50 aviões também foram enviados para a Crimeia, uma península anexada em 2014 por Moscou.
Entre os navios havia fragatas, lançadores de mísseis e navios anti-submarinos, acompanhados por esquadrões de aviões de ataque que voavam "a altitudes extremamente baixas e em condições meteorológicas difíceis", segundo a mesma fonte.
No mesmo dia, a frota russa do mar Negro realizou manobras que envolveram um destacamento anti-sabotagem com "missões de treinamento em combate debaixo d'água", informou o exército em outro comunicado.
Esses exercícios ocorrem depois que a Federação Russa anunciou na semana passada que limitaria a navegação de navios militares e oficiais estrangeiros em três áreas na costa da Crimeia, no mar Negro, a partir do final de abril e durante seis meses.
Esta medida foi denunciada como uma "escalada" por Washington e como "uma evolução muito preocupante" pela União Europeia.
A Otan também expressou sua preocupação e exigiu que a Rússia garanta "o livre acesso" aos portos ucranianos.
Nas últimas semanas, a Rússia enviou dezenas de milhares de soldados para as fronteiras ucranianas e Crimeia, oficialmente para "exercícios militares" contra as atividades "ameaçadoras" da Otan.
A Ucrânia, por sua vez, declarou que teme uma invasão, e já luta desde 2014 contra os separatistas pró-russos no leste de seu território, retirado da Crimeia nesse mesmo ano.
MOSCOU