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Estado de Minas MADRI

Madri inicia campanha eleitoral regional com impacto nacional


18/04/2021 12:35

Em pleno agravamento da pandemia, Madri iniciou neste domingo(18) a campanha de sua eleição regional em 4 de maio, na qual a direita espera manter seu principal reduto de poder na Espanha.

As pesquisas apontam para uma ampla vitória da atual presidente regional Isabel Díaz Ayuso, do Partido Popular (PP), embora sem maioria absoluta, por isso deve continuar precisando do apoio da extrema direita do Vox.

As eleições terão impacto na política nacional, embora analistas descartem um impacto imediato na coalizão governamental formada pelos socialistas do presidente Pedro Sánchez e a esquerda radical do Podemos.

Mostrando o aspecto nacional da disputa, Pedro Sánchez participou neste domingo de um comício do candidato socialista, Ángel Gabilondo, onde afirmou que Madri terá de escolher entre "o caminho da recuperação" com os socialistas ou um governo de "exclusão social, extrema direita e corrupção "do PP e Vox.

"Como não continuar a falar de Sánchez, (...) se ele é o candidato de Madri, se é ele quem decide as mentiras que temos de contar", disse Díaz Ayuso ao adversário Gabilondo numa cerimónia em Las Rozas, a oeste da capital.

- Polarização -

A campanha termina em 2 de maio, dois dias antes das eleições antecipadas convocadas em março por Díaz Ayuso, após quebrar sua coalizão de governo com os liberais do Ciudadanos.

Em jogo está a liderança desta região de 6,6 milhões de habitantes, que possui o maior PIB per capita da Espanha, mas também o maior número de mortes e casos de coronavírus.

Seis partidos competem, dentro de uma lógica polarizada de blocos: à direita, PP, Vox e Ciudadanos, e à esquerda, PSOE, Podemos, e um desdobramento deste último, Más Madrid.

De acordo com uma pesquisa da Sigma Dos publicada neste domingo no El Mundo, o PP obteria entre 56 e 60 deputados dos 136 que o parlamento regional terá, longe da maioria absoluta (69 cadeiras).

Se o Ciudadanos ficar de fora por não atingir 5% dos votos válidos, Díaz Ayuso encontraria seus aliados naturais no Vox, a quem Sigma Dos dá 13 ou 14 cadeiras.

"O bloco de direita teria cerca de 52 ou 53% dos votos, mas é verdade que pode haver mudanças durante a campanha de última hora", explicou o cientista político Pablo Simón à AFP.

"Uma opção muito provável é o Partido Popular governar sozinho com o apoio parlamentar do Vox, mas sem cargos públicos", prevê.

A campanha começa em um momento difícil para Díaz Ayuso, já o número de casos em Madri, de 372 por 100.000 habitantes, supera em muito a média nacional (213 casos), também em alta.

Conhecida por sua retórica dura contra o governo Sánchez, Díaz Ayuso antecipou as eleições na tentativa de aproveitar o capital político obtido com sua decisão de não aplicar restrições muito severas para proteger a economia local e, principalmente, bares e restaurantes.

Dias depois, o líder do Podemos, Pablo Iglesias, anunciou sua renúncia ao cargo de vice-presidente do governo para disputar as eleições de Madri.


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