"O enriquecimento de urânio a 60% está em andamento na instalação nuclear Martyr-Ahmadi-Roshan em Natanz", centro do Irã, anunciou a agência Tasnim, que citou como fonte o diretor da Organização Iraniana de Energia Atômica (OIEA), Ali Akbar Salehi, sem revelar detalhes.
Após uma explosão no domingo na central de Natanz, que o Irã atribuiu a Israel, a República Islâmica anunciou na terça-feira que elevaria suas atividades de enriquecimento de urânio 235 de 20% a 60%, o que aproxima o país dos 90% necessários para obter urânio de uso militar.
O percentual está muito acima do limite máximo de 3,67% autorizado pelo acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano assinado em 2015 em Viena.
O presidente do Irã, Hassan Rohani, afirmou na quarta-feira que a decisão de aumentar a 60% o enriquecimento de urânio é uma resposta ao "terrorismo nuclear" de Israel contra sua central de Natanz.
O anúncio de Salehi acontece durante as negociações para tentar salvar o acordo internacional sobre o programa nuclear do Irã, sabotado pela decisão do governo dos Estados Unidos de abandonar o pacto unilateralmente em 2018, durante a presidência de Donald Trump.
Uma nova sessão de negociações, com o objetivo de que Washington retorne ao acordo e anule as sanções contra o Irã, aconteceu na quinta-feira e deixou uma "impressão geral positiva", segundo o embaixador russo na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mikhail Ulianov.
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