O ex-secretário de Estado visitará Xangai e a capital sul-coreana, Seul, entre 14 e 17 de abril, para se preparar para a cúpula do clima virtual convocada pelo presidente Joe Biden na próxima semana e a grande conferência COP26 prevista para novembro, em Glasgow, informou o Departamento de Estado.
"Não podemos resolver esta crise climática sem a que China esteja na mesa", disse ele à CNN. "Esperamos que a China se junte a nós."
Antes de ambas as reuniões "conversará sobre o aumento dos objetivos climáticos globais", de acordo com um comunicado.
Desde que assumiu a presidência, o presidente democrata mostrou a intenção de continuar a trajetória de firmeza percorrida por seu antecessor republicano, Donald Trump, em relação à China, ao mesmo tempo em que cooperam em desafios globais como o clima.
Biden, portanto, incluiu o presidente chinês Xi Jinping entre os 40 líderes mundiais convidados para a cúpula virtual sobre o clima.
"Sim, temos divergências significativas com a China em algumas questões importantes", reconheceu John Kerry na CNN.
"Mas o cliema precisa ser considerado separadamente. Você não pode ter essas divergências e dizer 'por causa disso, não vou fazer nada sobre o clima', porque isso é matar, prejudicar o seu próprio povo, então espero todo mundo venha negociar", acrescentou.
O chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, e um assessor de Joe Biden, Jake Sullivan, elogiaram as primeiras conversas "duras", porém "construtivas", com a China em março, depois de dois dias de reuniões no Alasca.
Sem negar as "diferenças importantes", o responsável máximo do Partido Comunista Chinês para a diplomacia, Yang Jiechi, também saudou as conversas "francas, construtivas e úteis".
Foi a primeira reunião presencial entre os Estados Unidos e a China desde que Biden assumiu o cargo em 20 de janeiro.
WASHINGTON