O Irã "suspende todo o diálogo sobre direitos humanos com a UE e toda a cooperação resultante deste diálogo" principalmente nas questões de "terrorismo, do combate ao tráfico de drogas e dos refugiados", afirmou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores iraniano, Said Khatibzadeh, em um comunicado.
A União Europeia acrescentou nesta segunda-feira oito funcionários iranianos à sua lista de sancionados, incluindo o comandante-chefe dos Guardiões da Revolução, Hosein Salami, pela sua participação na repressão dos protestos em novembro de 2019.
Além de Salami, entre os sancionados estão Gholamreza Soleimani, líder da organização paramilitar Basij, e Hasan Karami, comandante das Unidades Especiais da polícia iraniana. Com eles, a lista já envolve 89 cidadãos iranianos e quatro organizações.
"Não há dúvidas de que convém rejeitar essas ações por parte daqueles que enganosamente fingem ser os campeões dos direitos humanos", afirmou Khatibzadeh.
Com as sanções, os funcionários envolvidos estão proibidos de entrar no território da UE e seus eventuais bens na Europa serão congelados.
A UE também bloqueia com essas sanções a exportação para o Irã de qualquer equipamento que possa ser utilizado na repressão interna ou na vigilância das comunicações.
O anúncio das sanções chega em um momento de grande sensibilidade, já que a UE busca retomar os esforços para reativar o acordo multilateral assinado em 2015 com o Irã sobre seu programa nuclear.
TEERÃ