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Estado de Minas TEERÃ

Irã denuncia 'ato terrorista' contra instalação de enriquecimento de urânio


11/04/2021 17:44 - atualizado 11/04/2021 17:49

A instalação de enriquecimento de urânio de Natanz, no centro do Irã, sofreu um apagão neste domingo (11), como resultado de um ato de "terrorismo antinuclear", denunciou a Organização Iraniana de Energia Atômica (OIEA).

"A República Islâmica do Irã, ao mesmo tempo em que condena essa ação inútil, ressalta a necessidade de que a comunidade internacional e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) enfrentem esse terrorismo antinuclear", declarou o chefe da OIEA, Ali Akbar Salehi, em comunicado divulgado pela TV estatal.

O incidente, noticiado primeiramente pela agência de notícias oficial Fars, citando o porta-voz da OIEA, Behrouz Kamalvandi, ocorreu um dia depois que o complexo Chahid-Ahmadi-Rochan de Natanz colocou em operação novos conjuntos de centrífugas, apesar de serem proibidas pelo acordo em relação ao programa nuclear iraniano, firmado em 2015. A referida usina é um dos principais centros do programa nuclear da República Islâmica.

"Tivemos um acidente em uma parte da rede elétrica da instalação de enriquecimento de Chahid-Ahmadi-Rochan. Há um apagão [...], mas não sabemos a causa", informou Kamalvandi em entrevista por telefone à emissora estatal, dando a entender que a falha ainda não havia sido reparada no meio da manhã.

Kamalvandi não especificou se o apagão ocorreu apenas na usina de enriquecimento ou se também afetou outras instalações do complexo.

"Felizmente, não houve mortes, feridos ou contaminação. Não houve nenhum problema em particular, o acidente está sendo investigado", ressaltou o porta-voz à emissora, acrescentando que "não tinha mais informações até o momento".

"Este incidente, que ocorreu [no dia seguinte] ao Dia Nacional da Tecnologia Nuclear e com o Irã fazendo um esforço para que os ocidentais suspendam as sanções, é altamente suspeito de [funcionar como um ato de] sabotagem ou infiltração", denunciou no Twitter o deputado Malek Chariati, porta-voz da Comissão Parlamentar de Energia.

- Operação israelense -

"Considera-se que a falha no circuito elétrico de Natanz é resultado de uma operação cibernética israelense", tuitou um jornalista da emissora pública israelense, Amichai Stein, sem fornecer dados para comprovar essa afirmação.

O premier de Israel, Benjamin Netanyahu, que vê no Irã uma ameaça a seu país, acusa Teerã de tentar desenvolver armas atômicas em sigilo. "A luta contra o Irã e seus apoios e os esforços de armamento iranianos são uma missão enorme", declarou neste domingo.

No começo de julho, uma fábrica de montagem de centrífugas em Natanz foi seriamente danificada por uma explosão misteriosa. As autoridades concluíram que este foi o resultado de uma "sabotagem" de origem "terrorista", mas ainda não divulgaram os resultados da investigação. Naquela época, a agência oficial Irna alertou Israel e os Estados Unidos que deveriam evitar qualquer ação hostil.

Neste sábado, o presidente iraniano, Hasan Rohani, inaugurou remotamente a nova fábrica de montagem de centrífugas Natanz, ao mesmo tempo em que ordenou que prosseguissem com os três novos conjuntos de centrífugas para serem iniciados ou testados.

Isso permitirá ao Irã enriquecer o Irã mais rapidamente e em maiores quantidades, em volumes e com um nível de refinamento proibido pelo acordo, firmado em Viena entre a República Islâmica e a comunidade internacional, em 2015.


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